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Kitty diz que população, agentes e delegados são contra fechamento de delegacia

Por Aldaci de Souza – Rede Alese

A decisão da Secretaria de Segurança Pública de Sergipe (SSP/SE), em mudar o local para que as pessoas possam fazer Boletins de Ocorrências, foi duramente criticada na sessão desta segunda-feira, 1º de abril no plenário da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), pela deputada Kitty Lima (REDE). As reclamações ganharam coro dos colegas que formam o chamado G4 (Georgeo Passos-REDE, Dr. Samuel –PPS e Rodrigo Valadares – PTB).

“O G4 (oposição) está iniciando um ciclo de fiscalizações do Poder Público e semana passada começamos pelos problemas enfrentados nas delegacias. Uniram duas delegacias em uma só o que causou muitos transtornos a população. Como existia uma mudança no serviço público, é preciso entender que tem que dialogar os principais agentes que vão sofrer impactos, no caso a população e os agentes policiais e os delegados que também não concordaram com o fechamento da delegacia plantonista sul porque se tiver uma ocorrência na Atalaia, de madrugada, as pessoas têm que se deslocar até o bairro 18 do Forte (do outro lado da cidade), muitas vezes sem condições financeiras para o transporte para fazer o Boletim de Ocorrências na Central de Flagrantes”, lamenta.

Kitty Lima lembrou que o governador fez a promessa de aumentar o número de delegacias plantonistas para 11. “Mas não é isso que estamos vendo. Na nossa fiscalização ouvimos reclamações que um uber de um canto para o outro custa em média 30 reais ou mais. Como é que a população que está precisando desse serviço vai conseguir fazer o boletim. Os próprios policiais estão reclamando que estão tendo dificuldades de transportar as pessoas porque existe uma quota de gasolina. Isso é muito preocupante. Os delegados reclamam que a estrutura é precária e não existem salas suficientes”, diz acrescentando que se não tem pessoal suficiente para trabalhar, ao invés de continuar pagando hora extra, que se possa convocar os concursados.

“Aqui não temos meia palavra, a gente fala olhando no olho. Fomos no local, conversamos com as pessoas e não estamos criando nada. A gente pode estar incomodando alguém que eu sei que está, mas a gente está trabalhando. Chegou gente para trabalhar, esse é o problema. Não estou dizendo que tem gente que não trabalha, mas que eu estou com muito gás e nosso grupo está querendo trabalhar. Respeito os coleguinhas, mas se ficarem com piadinhas, vamos ter que bater de frente mesmo”, avisa exibindo vídeos sobre o tema.

Apartes

O deputado Georgeo Passos afirmou que na visita os deputados receberam muitas reclamações da população com relação ao fechamento da delegacia plantonista sul. “Ouvimos entre várias pessoas, uma senhora na porta da delegacia constatando a situação delicada, pois ali tem vários presos além do número da sua capacidade e constatamos que desde o dia 18 de março, só temos uma delegacia plantonista denominada Central de Flagrantes. A gente percebe que não dá conta porque não atende só a população de Aracaju, mas de sete municípios. O Governo alega que queria economizar com essa medida, mas verificamos que não há economia porque tirar uma viatura, por exemplo, do Mosqueiro para registrar uma ocorrência no 18 do Forte, não é a solução. Vamos convidar a delegada geral para que ela venha à esta Casa dar explicações”, adianta.

O deputado Samuel Carvalho completou: “Nós não somos deputados oportunistas e o que queremos é ser a voz do povo nesta Casa, mas estamos vendo nas redes sociais, muitos querendo desqualificar o nosso trabalho. Na visita conversamos com uma mulher que estava vindo do Povoado Robalo e relatou as dificuldades de ter que sair do outro lado da cidade para prestar uma queixa no bairro 18 do Forte. Essa medida dificultou para os moradores e para o próprio aparato policial”.

Justificando não ter participado da fiscalização por se encontrar no município de Lagarto, o deputado Rodrigo Valadares (PTB), disse querer saber “até que ponto o governo quer enganar a população mascarando dados estatísticos da criminalidade, porque se o cidadão não está tendo acesso a prestar ocorrências, essas queixas não vão aparecer”.

Estatísticas

Em resposta, o líder do governo na Alese, deputado Zezinho Sobral (PODE) afirmou que segurança pública é coisa muito séria.

“Nós temos grandes profissionais no Estado de Sergipe. Se formos observar as estatísticas do crime no Estado, começa perceber como o Estado vem evoluindo nesta circunstância. O governador Belivaldo Chagas teve a aprovação da população sergipana por conta da sua atitude, da sua operação e ação com relação à segurança pública, reduzindo de forma efetiva, dados estatísticos. Quando se for falar sobre segurança pública é bom levar em consideração quais os motivos que nos levam a tomar atitudes. O que resolve a criminalidade é a inteligência, é uma polícia investigativa considerada a melhor do Brasil, como é a nossa. Tratar a segurança pública com superficialidade não conduz a um debate efetivo da melhoria de nada. Dos vídeos apresentados, digo que a presença daquela delegacia na região, reduziu os números da criminalidade”, garante.

Foto: Jadilson Simões

 

 

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