Por Assessoria Parlamentar
Um dos temas que a deputada estadual Linda Brasil (Psol) tratou na tribuna da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), nesta quarta-feira, 30, foi o julgamento de Ronnie Lessa e Élcio de Queiroz, acusados de executar Marielle Franco e Anderson Gomes, em 2018, A deputada expressou indignação pela demora de mais de seis anos sem respostas.
“Hoje é um dia simbólico e doloroso para todos que lutam contra a violência política, para mulheres, negros, LGBTs e defensores de direitos humanos. Calaram a voz de Marielle, mas não entenderam que Marielle é semente, e que cada um de nós carrega essa luta”, afirmou a deputada.
Em seu discurso, Linda Brasil ressaltou que o assassinato de Marielle foi uma tentativa de silenciar o que ela representava – uma mulher negra, periférica, LGBT, eleita para transformar e confrontar as estruturas opressoras de poder. “Marielle foi executada porque incomodava, porque fazia da sua atuação política uma trincheira contra o racismo, o machismo e a LGBTfobia. Este não foi um ataque isolado, foi uma violência direcionada para nos intimidar, para mostrar que ocupar esses espaços de poder tem um preço. Mas o que eles não previram é que a luta de Marielle se multiplicaria”, afirmou Linda.
Como parte da mobilização da Agenda Marielle Franco, Linda Brasil enfatizou a importância do julgamento em curso no Rio de Janeiro e fez um apelo pela condenação dos acusados. “Chega de impunidade! Este caso é um símbolo do que o Brasil não pode tolerar. Estamos aqui para cobrar justiça porque Marielle não está mais entre nós, mas sua voz ecoa em cada ato de resistência, em cada mandato popular que se ergue contra as estruturas de opressão”, disse a parlamentar.
Em um momento de forte emoção, Linda reiterou seu compromisso em honrar a memória de Marielle e Anderson. “Não descansaremos enquanto a justiça não for feita. Marielle fez por nós; agora fazemos por ela e por todas as pessoas que têm suas vidas atravessadas pela brutalidade e pela violência política. Exigimos justiça para Marielle, para Anderson e para cada defensor de direitos humanos que ousa lutar por um Brasil mais justo e igualitário”, finalizou.