Por Aldaci de Souza
A campanha Janeiro Roxo é realizada com a finalidade de conscientizar e sensibilizar as pessoas quanto a prevenção e detecção da hanseníase. A doença transmitida por vias aéreas tem cura, mas precisa ser diagnosticada precocemente para que não haja sequelas. Sergipe ocupa o 5º lugar do Nordeste, com uma média de 300 novos casos por ano, segundo dados da Secretaria de Estado da Saúde (SES).
As ações de conscientização acontecem durante todos os meses nas unidades básicas de saúde, mas em janeiro, são intensificadas com palestras, fóruns de debates, entre outras mobilizações.
Na Assembleia Legislativa de Sergipe, a deputada Maria Mendonça (PSDB) vem alertando ao longo dos anos, sobre a importância do diagnóstico precoce e a necessidade de buscar atendimento aos primeiros sinais da doença, evitando a transmissão para outras pessoas e consequências como incapacidades físicas.
Hanseníase
A hanseníase é uma doença crônica secular e no Brasil, o número de novos casos chega a mais de 300 mil por ano. A transmissão é feita de uma pessoa doente sem tratamento, para outra, após contato próximo de prolongado. A doença tem cura e o tratamento é gratuito e ofertado pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
De acordo com orientações do Ministério da Saúde, as pessoas devem procurar atendimento aos primeiros sinais de aparecimento de manchas esbranquiçadas e avermelhadas em qualquer parte do corpo e que apresentam alteração de sensibilidade à dor, calor e frio. Na falta de tratamento adequado, o paciente corre o risco de traumas, feridas e comprometimento de nervos periféricos levando à perda da capacidade física.
Tipos
Existem dois tipos de hanseníase: Paucibacilar (PB) caracterizada por casos que apresentam até cinco lesões de pele e a Multibacilar (MB), quando há mais de cinco lesões.
Os principais sintomas são: manchas esbranquiçadas ou avermelhadas na pele com perda ou diminuição de sensibilidade ao calor, à dor e ao tato; placas ou caroços em qualquer parte do corpo; e diminuição da força muscular das mãos, pés e face.
O tratamento é feito por via oral por um período que varia entre seis a 12 meses, a depender dos casos detectados. Tão logo o tratamento é iniciado, o paciente deixa de transmitir a doença.
Foto: Divulgação Esbrasil