Por Shis Vitória/Alese
Em pronunciamento no grande expediente da sessão plenária da Assembleia Legislativa de Sergipe desta terça-feira, 26, o deputado estadual Iran Barbosa (PSOL) destacou a visita a um ato realizado por estudantes do Colégio Estadual Ministro Petrônio Portela, localizado no Bairro Farolândia.
“Tivemos conhecimento desta manifestação feita por estudantes do colégio na ideia de chamar a atenção sobre os diversos problemas que aquela unidade de ensino vem enfrentando. Se nós formos atentos, vamos perceber que toda semana ocorrem manifestações de diversas escolas baseada em problemas no funcionamento. Eu quero aqui primeiro lamentar, porque depois de um período com as escolas fechadas, depois de um período suficiente para se fazer um planejamento da retomada das aulas, após o retorno das aulas presenciais os problemas que não poderiam estar mais acontecendo permanecem. Um exemplo é a retomada das aulas com o quadro de professores incompleto e reitero aqui o apelo ao Governo do Estado e a pasta da Educação para que organizem de acordo com o que lei estabelece a realização de concurso público voltado para professores e servidores. A situação de quadro incompleto de professores e a falta da oferta de merenda escolar foram alguns dos temas pautados pelos alunos do Petrônio Portela na manhã de ontem”, justificou.
O parlamentar comentou sobre a repercussão do ato. “Houve uma repercussão e a Diretora da DEA esteve lá por conta da manifestação dos alunos que teve apoio das próprias mães e uma das coisas que ficou acertado é que até que se contrate uma merendeira vão providenciar lanches prontos que tanto criticamos como biscoitos e sucos industrializados, ou seja, itens que não devem compor o cardápio da alimentação escolar pois, temos que estimular um cardápio saudável para nossos alunos. E esse é um problema que continua acontecendo em outros lugares. Foi apresentado também problemas estruturais na quadra e seguimos percebendo situações como estas na maioria das escolas”, afirmou.
Ao final, Iran Barbosa parabenizou a iniciativa cidadã dos alunos. “Parabenizo a ação, porque se organizaram, se mobilizaram e utilizaram também das redes sociais e no dia de ontem conseguiram fechar a escola. Foi algo muito simbólico e bonito. Os alunos compraram uma corrente fina e um cadeado simbólico e colocaram no portão da escola na ideia de só permitirem a entrada de alguém quando houvesse um diálogo baseado nos problemas existentes no local. E assim aconteceu a manifestação pacífica e produtiva e, inclusive, os professores se somaram a causa. Vale frisar que todo final de ano temos aqui balanços do desempenho do ano letivo e é muito fácil colocar a culpa nos professores ou alunos pelo baixo rendimento, mas as pessoas não entendem que cumprir a tarefa e garantir o direito de aprender não é fácil. É tirar leite de pedra. Antes de falar do direito aprender é preciso assegurar o direito de ensinar”, disse.
Contracheques da Educação
O deputado falou também sobre recebimento dos contracheques dos professores e servidores da Educação que já se encontram com as alterações aprovadas na Casa Legislativa. “Peço aos colegas que procurem se informar como está sendo o recebimento destes contracheques. Uma tragédia. A realidade salarial é diferente do que se propagou. Hoje o dia amanheceu cheio de angústia”, concluiu.
Foto: Jadilson Simões
