Um projeto que vem dando certo no Setor de Oncologia do Hospital de Urgência de Sergipe (Huse), foi tema de entrevista na manhã desta quarta-feira, 22 à TV Alese. O médico oncologista Marco Antônio de Santana explicou que antes as crianças tínham muito medo do tratamento de radioterapia, mas agora, com a novidade de máscaras no formato de personagens infantis, o sucesso vem sendo alcançado à cada dia, principalmente com a redução do tempo de tratamento, de 40 minutos para cinco.
“Antigamente as crianças chegavam no setor de tratamento de radioterapia e ficavam muito assustados, principalmente por conta da máscara utilizada para imobilizá-las, com uma perfuração feita para anestesiar, visando diminuir o medo, a claustrofobia e ansiedade. Esse procedimento toma muito tempo, em torno de 40 minutos. Baseado em experiências internacionais, a exemplo de Londres e da França, eu tive a ideia de a gente fazer uma modificação dessas máscaras, fazendo pinturas, tornando o tratamento mais lúdico. Tem dado muito certo, as crianças estão com mais vontade de fazer, se sentindo à vontade com os médicos, técnicos e enfermeiros e o tratamento dura agora em torno de 15 minutos”, comemora.
O oncologista informou que a radioterapia do Huse é a única que trata crianças em Sergipe. “A demanda de casos de câncer infantil no Estado é em torno de 130 casos por ano. Desses, quase a metade precisa fazer radioterapia, então a gente tem uma demanda bastante frequente no setor. E todas as crianças que tiverem condição de fazer o tratamento sem anestesia, e não estiverem em condições de saúde muito grave, a gente vai introduzir as máscaras, dando a opção de a criança escolher qual o personagem que ela quer ser tratada”, enfatiza.
Masculinos
Atualmente as máscaras confeccionadas são apenas com personagens masculinos a exemplo do Homem de Ferro, Homem Aranha, mas a ideia é atender ao gosto das meninas. “Atualmente temos mais meninos do que meninas fazendo o tratamento e elas também gostam desses super-heróis até porque a Mulher Maravilha não usa máscaras, mas vamos sim saber a preferência das meninas para identificar quais os personagens que querem ser tratadas e com isso possamos expandir”, acrescenta.
Por Agência de Notícias Alese
Foto: Jadilson Simões