Por Aldaci de Souza – Rede Alese
O deputado Francisco Gualberto (PT) destacou na sessão desta quinta-feira, 4, na Assembleia Legislativa de Sergipe, que assim como todos os governadores e prefeitos do país, o governo de Sergipe também enfrenta dificuldades.
“Mas não é uma dificuldade criada pelo nosso grupo, seja Marcelo Déda, Jackson Barreto ou Belivaldo Chagas. Vem de uma herança deixada e de uma política equivocada”, acredita.
“Há pouco instante o deputado Georgeo Passos falou sobre o turismo, mas não protestou contra a saída da Avianca de Sergipe, levando o voo direto para Salvador. Só faltou dizer que o governo do estado tinha obrigação de comprar os aviões para substituir a Avianca que nos abandonou. O deputado faz um discurso liberal aqui tentando negar o papel do estado, mas quando vem para a tribuna declara que o estado tem a obrigação de garantir o desenvolvimento e a iniciativa privada de ficar com o lucro. Por isso os ataques. É uma contradição”, entende.
“Primeiro ele fez um discurso cobrando o IPVA, depois falou sobre duas liminares alegando que o governo do estado não publicou as leis que nós aprovamos aqui. O deputado sabia que essa assembleia já tinha autorizado o ajuste do ICMS, não foi nem ajuste, mas ajuste de itens conforme o pacto nordestino. Mas ele foi para a justiça para que o estado arrecade mesmo e vem para a tribuna cobrar mais investimentos. Como é que vai se medir essa contradição. O que tem nesse estado, inclusive aqui na capital, foi o nosso grupo que fez, a exemplo do viaduto do Distrito Industrial. Passaram-se dois anos e meio, Marcelo Deda governador, projetos prontos, dinheiro para fazer a obra e o seu governo nunca deu uma licença de dois metros e meio para utilizar o terreno da Codise pra que o viaduto fosse feito. Isso é herança do deputado Georgeo”, enfatiza.
Contraponto
O deputado Georgeo Passos respondeu que a primeira contradição de Francisco Gualberto surge quando menciona rebatendo os dados sobre o aumento de arrecadação.
“Quando a gente afirmou que o estado está quebrado, Gualberto diz que o estado não está quebrado, que vai bem e está abaixo do limite permitido pela Lei de Responsabilidade Fiscal. Se o estado está tão bem, por que não pagar os salários dos servidores públicos em dia. Vossa Excelência diz que o estado tem essa condição porque está melhor do que o Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul e por que não paga? Temos o ticket de alimentação da polícia militar, vergonhoso. Queria convidar o deputado para a gente ir no centro tentar almoçar com oito reais. Mas ele diz que o governo vai bem. Onde está esse dinheiro então?”, indaga Georgeo Passos.
Foto: Jadilson Simões