Por Aldaci de Souza – Agência de Notícias Alese
No discurso no Grande Expediente da Sessão Plenária da Assembleia Legislativa de Sergipe desta terça-feira, 7, o líder da oposição, deputado Georgeo Passos (Cidadania), destacou a questão da divisa dos municípios sergipanos. Ele defende a realização de uma audiência pública para discutir o assunto.
“Uma discussão que vem sendo feita pelo colega deputado Garibalde Mendonça, que ao longo dos mandatos, participou de diversas comissões que regularizou a situação de alguns municípios sergipanos em relação às suas divisas. Inclusive, essa Casa aprovou leis por unanimidade e hoje existe uma briga entre os municípios de Canindé do São Francisco e Poço Redondo”, relata.
Georgeo Passos informou estar recebendo informações dos moradores da região dando conta de que, do jeito que está, o município de Poço Redondo poderá perder até 30% da sua área.
“Caso não sejam tomadas as medidas legais que o caso requer, o município de Poço Redondo pode perder habitantes, eleitores e também o Fundo de Participação dos Municípios (FPM), pois quando reduz a população, há redução nos recursos que são repassados. Fica aqui uma sugestão para que seja realizada pelo menos uma audiência pública, ouvindo os prefeitos de Canindé e de Poço Redondo, assim como os vereadores sobre essa perda de território, pois a Assembleia não pode se omitir; precisa se inteirar para não deixar com que uma decisão como essa em que toda a parte histórica de Poço Redondo venha a pertencer ao município de Canindé do São Francisco”, enfatiza.
Saúde
O parlamentar também falou sobre problemas divulgados na imprensa local envolvendo o Hospital de Urgência de Sergipe, no que se refere ao atendimento aos pacientes e à falta de insumos e medicamentos. “Ainda há um desalinhamento por parte da Secretaria de Estado da Saúde, quanto a atenção aos seus pacientes. Isso foi demonstrado em matéria veiculada no último sábado, 3, na TV Sergipe, sobre um paciente de Nossa Senhora das Dores, que veio a óbito. Ele foi encaminhado para o Huse, liberaram para o Hospital Zé Franco e por ser um caso grave, o paciente voltou para o Huse, mas não resistiu. Talvez se não tivesse saído do Huse, estivesse vivo”, afirma lamentando estar recebendo reclamações quanto à falta de gases, pomada, luvas e ataduras, além da falta de medicamento para pacientes da Doença de Wilson.
Contraponto
Em contraponto, o líder do Governo na Alese, deputado Cristiano Cavalcante (União Brasil), informou que o paciente citado pelo líder da oposição, deputado Georgeo Passos, foi acometido por um AVC hemorrágico.
“Em contato com o Dr. Carlos Torres, diretor assistencial do Huse, ele disse que toda a assistência necessária foi prestada a esse paciente. Eu quero deixar registrada a dificuldade que é ser gestor hoje. No caso da Doença de Wilson, temos o relato completo de todo esforço feito pela Secretaria de Estado da Saúde para a aquisição do medicamento usado para o tratamento, inclusive o e-mail datado do dia 6 de março, enviado para o Oncovit, único laboratório do Brasil que fornece o remédio para entes públicos. Três pregões a secretaria realizou e os três deram fracassado ou deserto, mesmo assim a secretaria procurou fazer adesão a ata e a resposta do laboratório foi de que não possuem condições comerciais para adesão ao processo, sem dizer o motivo. Há a falta de medicamento, mas não há a inércia do Governo. Essa dificuldade vem sendo registrada em outros estados também”, explica.
Foto: Jadilson Simões