Por Ascom Parlamentar
No final da manhã desta quarta-feira, 25, o secretário de Estado da Fazenda, Marco Antonio Queiroz, compareceu à Assembleia Legislativa para fazer uma prestação de contas das finanças do 1º quadrimestre deste ano. O gestor revelou que o Governo teve um aumento de receitas na casa dos R$ 68 milhões em relação ao mesmo período de 2018.
O deputado estadual Georgeo Passos, Cidadania, líder do bloco Cidadania/PTB na Casa, acompanhou a explanação do secretário e não mostrou espanto com o aumento das receitas. “Já era algo que esperávamos, pois vem acontecendo nos últimos anos”, afirmou. Contudo, se o Estado tem arrecadado mais, por outro lado, também tem aumentado o seu gasto.
“O Estado teve um aumento de despesas com pessoal na casa dos R$ 200 milhões. Lógico que nós temos que nos aprofundar sobre o gasto das despesas públicas e melhorar para que a gente possa fazer o mesmo serviço com menos despesas. Isso é praticamente impossível nesse Governo, que incha a máquina, contrata empresas terceirizadas, não faz concurso público e isso tem um custo muito alto”, analisou Georgeo.
O deputado lembrou que nas últimas gestões no Executivo houve promessas de enxugamento e da redução de despesas. “É algo que acontece desde o Governo Déda, passando por Jackson Barreto e agora com Belivaldo. Mas na realidade não é isso o que ocorre”, assegurou. Enquanto isso, o funcionalismo público sofre sem direito a uma recomposição salarial.
“Há anos que a Assembleia não aprova nenhum projeto para conceder a recomposição inflacionária para os servidores públicos estaduais. Nada! Os servidores estão na bronca e o gasto com o pessoal atingindo ali o limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal. A receita continua subindo, mas as despesas também. E os servidores continuam esperando”, lamentou.
Empréstimo
Durante sua prestação de contas, o secretário Marco Antonio Queiroz assegurou que apesar das dificuldades, o Estado possui capacidade de endividamento. Desta forma, poderia contrair mais empréstimos. Esse dado também foi contestado por Georgeo, que acredita que uma nova operação de crédito poderia inviabilizar a gestão.
“O secretário trouxe um dado informando que o Estado pode se endividar até 200% do que determina a LRF. Estamos com 30% e com isso não estamos conseguindo pagar nossos compromissos. Fornecedores em atraso. Servidores em atraso. Imagine se pegar mais empréstimos e se endividar mais?”, finalizou o parlamentar.
Foto: Jadilson Simões