O vice-presidente da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), deputado Garibalde Mendonça (PDT) destacou na Sessão Plenária desta quarta-feira (4), uma Nota de Repúdio assinada pela presidente da União Nacional dos Legisladores e Legislativos estaduais (Unale), a deputada Tia Ju (Republicanos-RJ)
“Queremos comunicar aos parlamentares que houve uma Nota de Repúdio feita pela Tia Ju, que é presidente da Unale, com relação às ameças sofridas pelas deputadas estaduais do estado de São Paulo”, ressalta lamentando o ocorrido.
Garibalde Mendonça acrescentou: “É claro que a Assembleia Legislativa de Sergipe se solidariza com essa nota que trouxemos pra ler aqui em plenário”.
Íntegra
“A União Nacional dos Legisladores e Legislativos estaduais (Unale), por meio de sua presidente, deputada estadual Tia Ju (Republicanos-RJ), manifesta seu mais veemente repúdio às ameaças de morte e estupro enviadas por e-mail a todas as deputadas estaduais da Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo (Alesp). Este ataque covarde e misógino, que visa intimidar e silenciar mulheres que exercem seu legítimo mandato parlamentar, é absolutamente inaceitável e atenta contra os princípios democráticos e os direitos humanos fundamentais.
A Unale, composta por legisladoras e legisladores de todo o país, reafirma seu compromisso com a defesa da democracia, da igualdade de gênero e do respeito às instituições. É inadmissível que, em pleno século XXI, mulheres eleitas pelo voto popular sejam alvo de violência política de gênero, uma prática que busca deslegitimar e enfraquecer a participação feminina na vida pública.
Além de presidir a Unale, atuo como procuradora da Mulher na Assembleia Legislativa do Estado do Rio de Janeiro (Alerj), e conheço de perto os desafios enfrentados pelas parlamentares em todo o Brasil. Este é o quarto mandato em que uma mulher lidera a Unale, o que reforça nosso compromisso com a representatividade e a equidade de gênero nos espaços de poder.
Neste momento, a Unale se solidariza com as deputadas da Alesp e com todas as mulheres que enfrentam violência política de gênero. Colocamo-nos à disposição para colaborar com as investigações e para apoiar iniciativas que visem combater e prevenir esse tipo de violência, promovendo um ambiente político mais seguro e inclusivo para todas e todos.
Reiteramos que a violência política de gênero não será tolerada. É fundamental que as autoridades competentes atuem com rigor para identificar e responsabilizar os autores dessas ameaças, garantindo a integridade física e moral das parlamentares e a plena liberdade no exercício de seus mandatos”.
DEPUTADA TIA JU
PRESIDENTE DA UNALE
Foto: Jadilson Simões/Agência de Notícias Alese
