O deputado Zezinho Guimarães fez um chamamento na manhã desta quinta-feira, 28 no plenário da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) aos colegas parlamentares, para que seja feita uma reflexão quanto ao momento em que passa o Brasil e em especial, o Estado de Sergipe.
“Eu não falo nem em quem é oposição ou situação, mas com todos no sentido de que saibamos a responsabilidade que recai sobre os nossos ombros. O povo de Sergipe espera muito de nós e nos acompanha. Eu comungo em número, gênero e grau com a reportagem trazida pelo deputado, líder da oposição, deputado Georgeo Passos. Acho que nós deveremos sim ajudar sobretudo aquela população que mais precisa para sobreviver, pra viver um pouquinho mais”, afirma acrescentando que aumenta a responsabilidade com o que se fala na tribuna da Alese.
Zezinho disse ser preciso ter discernimento. “Ontem o meu amigo Georgeo Passos soltou uma informação que é um verdadeiro jabuti. Isso em política é comum até se colocar um jabuti num lugar que não lhe cabe. Eu já sabia que tinha alguma coisa errada, pois o Estado de Sergipe não tem dinheiro, terminou 2018 deixando muitas dívidas a pagar, não só relativo às dívidas previdenciárias. O colega disse que o Estado de Sergipe atingiu 10 bilhões de receita, não é verdade. Nesse valor, são as transferências obrigatórias, que não são receitas de Governo. O ICMS, é um imposto estadual e quando entra na contabilidade, entra 100% mas sai 25% que é dos municípios”, esclarece.
O parlamentar acrescentou que a informação quando é passada pela Assembleia Legislativa de Sergipe, tem uma ressonância grandiosa. “Então é isso que a gente tem que ter responsabilidade. Essas informações podem nos levar a que a sociedade que merece saber a verdade das coisas, embora que sejam duras, que esta Casa transmita o sentimento da verdade, senão a gente pode se desmoralizar porque diz uma coisa hoje e outra amanhã. Não podemos dizer que tem dinheiro hoje e faltar remédios amanhã. Então a culpa é do governador, do secretário? “, indaga informando que a receita do Estado em 2018 foi de 7 bilhões, 371 milhões de reais.
“E não o déficit porque 2 bilhões 629 milhões são de transferência para os municípios, inclusive do Fundeb, que o Estado coloca 1 bilhão e 200 mil e só recebe de volta 600 milhões, então o Estado de Sergipe bota 600 milhões a mais do que recebe. É assim que tem que ser, então não vamos escamotear a verdade, pois ela prevalece em qualquer circunstância. Vamos fazer um mandato contributivo levando em consideração o momento em que atravessamos: colapso em Malhador de água, em Tobias, Barreto, em Simão Dias e todos esses municípios precisam de solução”, finaliza.
Por Aldaci de Souza – Por Rede Alese
Foto: Jadilson Simões