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Fechamento de maternidade é discutido em reunião entre Matos, Belivaldo e funcionários

Na noite de segunda-feira, 15, o deputado Moritos Matos (PROS) esteve no gabinete do vice-governador Belivaldo Chagas para conversar sobre o fechamento da Maternidade de Capela. O parlamentar luta junto com os médicos e demais funcionários da unidade pela manutenção da maternidade. Participaram dessa reunião, o médico obstetra Marcelo Meneses, o anestesista José Eduardo de Assis, que representou o Conselho Regional de Medicina, a advogada dos funcionários terceirizados da unidade, Taciana Arimatea e o representante dos laboratórios de Capela, Jânio Leite.

Durante a reunião os médicos mostraram que a Maternidade tem sim potencial para permanecer aberta, que há alternativas para diminuir os custos da Unidade e que basta que o Governo escute os funcionários para que isso possa ser feito. “Tenho um projeto pronto de redução de custos. Há alternativas, só precisamos sentar e discutir. Poderíamos até criar uma cooperativa e prestar serviços a Fundação Hospitalar de Saúde – FHS”, expõe o médico Marcelo Meneses.

O deputado Moritos Matos disse a Belivaldo que antes havia 14 obstetras e que agora apenas quatro estão atuando em Capela. “Se o quadro fosse completo a realidade seria totalmente diferente. Outra situação relatada pelos funcionários é que os serviços de lavanderia que poderiam ser feitos na própria Maternidade são feitos fora dela”, revela o parlamentar.

Segundo o anestesista José Eduardo de Assis, que trabalha em Capela há cinco anos, a maternidade é viável sim. “O doutor Luís Eduardo (secretário Adjunto da Saúde) nunca esteve em Capela. Nunca esteve na maternidade para conhecer a realidade e verificar a demanda da região. É preciso entender que a mulher não vai só na Maternidade para parir, ela vai também para realizar outros procedimentos”, enfatiza o médico.

José Eduardo acrescenta que a Maternidade de Capela não atende só a comunidade local. “Quantas mulheres de Capela e das cidades vizinhas deixaram de vir para Aracaju porque foram atendidas na Unidade de Capela. Se Capela fechar a rede não vai suportar. Haverá aumento de custo para o deslocamento dessas pacientes para Aracaju, vai ter que fazer um reforço no Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) e aumentará a superlotação no Santa Isabel e na Maternidade Nossa Senhora de Lourdes”, explica o anestesista.

A advogada Taciana Arímatea que representa os terceirizados da Maternidade disse durante a reunião que os colaboradores estão preocupados com o fechamento da Maternidade. “São 60 funcionários que estão com medo que a unidade feche e eles percam os empregos. Eles prestam serviços para a Fundação Hospitalar de Saúde e não serão remanejados”, conta Taciana.

Depois de escutar o deputado Moritos Matos, os médicos e a advogado, o vice-governador Belivaldo Chagas entrou em contato com o secretário de Estado da Saúde, Almeida Lima, e agendou para esta quinta-feira, 18, na sede da Secretária de Estado da Saúde – SES – para que os médicos possam apresentar a proposta de redução de custos e as alternativas para que a Maternidade que atende Capela e os municípios vizinhos possa se manter de portas abertas. “Espero que Almeida Lima escute as propostas dos médicos e perceba que o fechamento da maternidade será um prejuízo para todos os sergipanos”, afirma Moritos Matos.

Visita à Capela

Na última sexta-feira, 12, o deputado Moritos Matos foi até o município de Capela para conhecer de perto a realidade da Unidade, que tem 32 leitos. “Escutei os médicos e estou na luta com eles pela manutenção da Maternidade. O que falta é vontade política, é preciso entender que a unidade serve a comunidade, que há sim demanda. O que falta é aumentar o quadro de médicos”, assegura o parlamentar.

De acordo com funcionários da Maternidade, apenas três médicos obstetras fazem plantão de 24 horas e um faz de 12 horas, porque é estatutário. Eles acompanhados de um neonatologista e de um anestesista. Ou seja, há dias em que não tem nenhum obstetra em Capela. Na segunda-feira, terça-feira e sexta-feira não tem profissional na unidade. Falta obstetras para preencher os plantões, não há escala completa para esses dias.

por Assessoria Parlamentar

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