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“Eu não tenho lembranças de quem nos deu tanta atenção”, diz babalorixá em roda de conversa promovida pela deputada Linda Brasi

Por Assessoria Parlamentar

Durante todo o mês de abril, a deputada estadual Linda Brasil (Psol) realizou uma vasta programação com a temática do “Abril Verde” em alusão ao combate ao racismo religioso e à intolerância religiosa. Além da sessão especial, rodas de conversas, debates, programação cultural, reunião sobre a violação dos direitos humanos, a deputada visitou vários terreiros de religiões de matrizes africanas para ouvir as necessidades.

A deputada destaca que a participação social é uma premissa da sua mandata e que os povos de terreiros são responsáveis por guardar os cuidados, os saberes tradicionais e que é fundamental que as políticas públicas sejam pensadas de maneira coletiva, trazendo essas cidadãs e cidadãos para o centro do debate. “Eu estou fazendo questão de visitar os terreiros, pois se trata de centros religiosos, mas também de centro de cuidados, de saberes tradicionais, de entendimento e acolhimento das complexidades da sociedade, de comunidades, famílias, então, precisamos entender as demandas do povo de santo para que possamos pensar em políticas públicas inclusivas e efetivas”, afirmou a parlamentar.

O Babalorixá Juracy Júnior, agradeceu a presença da deputada e afirmou que se sente representado pela parlamentar. “Eu me sinto representado desde que a senhora chegou à Câmara de Vereadores e acho muito importante receber a senhora aqui, porque nós temos muitas histórias de lutas que se convergem. O que a senhora está fazendo é histórico. Eu não tenho lembranças de quem nos deu tanta atenção”, afirmou o líder religioso.

Objetivo é visitar todos os terreiros de Sergipe

As visitas iniciaram pelo terreiro Filhos de Obá, primeiro terreiro do estado de Sergipe, fundado no século XVIII e que tornou-se Patrimônio Histórico Estadual desde 1988. Na sequência, a deputada visitou o Nzo Águas da Penha, terreiro de candomblé de nação Angola, que tem regência Mamet’u de Monaciledomim.

“Estou muito emocionada com essa programação e quero continuar visitando as casas de axé em Sergipe, pois os povos de terreiros são guardiões da tradição, mas também são os que mais sofrem violações de direitos devido ao racismo e à intolerância religiosa e cada terreiro tem as suas necessidades, as suas particularidades, e nós precisamos escutar suas demandas a fim de construirmos políticas públicas que atendam, mas também que desmistifiquem tantos preconceitos, estigmas, discriminações enfrentadas por essas religiões”, afirmou a deputada.

Para a Yalorixá Sônia Oliveira, que abriu as portas do seu terreiro para discutir os terreiros nos espaços urbanos, é fundamental se pensar as violências provocadas, sobretudo pelo Estado, aos povos de terreiros. “É preciso fazer pensar sobre essa perspectiva, inclusive, da busca ativa do direito de existência, permanência, pensando no surgimento dos terreiros nas cidades. Pensar na resistência que os terreiros precisam resistir a esse aspecto da teoria da prosperidade, que nos colocam que somos nocivos, que a gente incomoda, que a gente faz barulho. Se a gente pensa na rotina de uma casa, quem faz culto de segunda a segunda são outras denominações religiosas. Nós temos um calendário anual de festividades públicas e são essas festividades que são alvo de ataque”, afirmou a Yalorixá.

A rodada de visitas também incluiu a ida ao Abassá São Jorge, terreiro que fica localizado no bairro América, e está sob a liderança de Mãe Marizete, a mais velha das yalorixás de Sergipe, e finalizou no Abassá Odé Cirambô, instalado na Barra dos Coqueiros. As ações fazem parte da programação do Abril Verde – Mês de Combate ao Racismo Religioso e à Intolerância Religiosa, fruto da Lei de n°9.404, de autoria da deputada Linda Brasil, que também cria o Selo de Combate ao Racismo Religioso e à Intolerância Religiosa.

“Estou muito emocionada com essa programação e vou continuar visitando as casas de axé em Sergipe, pois os povos de terreiros são guardiões da tradição, mas também são os que mais sofrem violações de direitos devido ao racismo e à intolerância religiosa e cada terreiro tem as suas necessidades, as suas particularidades, e nós precisamos escutar suas demandas a fim de construirmos políticas públicas que atendam, mas também que desmistifiquem tantos preconceitos, estigmas, discriminações enfrentadas por essas religiões”, afirmou a deputada.

Foto: ASCOM 

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