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Estudantes vivenciam o dia a dia do Legislativo em mais uma edição do projeto ´Visita à Casa do Povo´

A Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), por meio da Escola do Legislativo Deputado João Seixas Dória (Elese), realizou na manhã desta terça-feira (23) mais uma edição do projeto “Visita à Casa do Povo”. Os protagonistas desta edição foram os alunos do 2º ano do ensino médio do Instituto Dom Fernando Gomes, que vivenciaram uma programação repleta de aprendizado, reflexão e contato direto com o universo legislativo.

A atividade teve início no Palácio Fausto Cardoso, prédio histórico que abriga a sede da Escola do Legislativo. Ali, os estudantes foram recebidos com uma introdução à história do local e ao papel da Assembleia na construção da política estadual. Conheceram também a Biblioteca Marcelo Déda, importante espaço de preservação do saber político, e participaram de uma palestra conduzida pelo diretor de Projetos da Elese, jurista Evaldo Campos, que destacou a importância da cidadania ativa e do envolvimento da juventude com as instituições democráticas.

A diretora da Elese, Telma Pimentel, destacou que o projeto tem como missão fortalecer os vínculos entre o Legislativo e a sociedade, especialmente os jovens. Segundo ela, a visita é uma oportunidade de apresentar a Casa do Povo como um espaço acessível, que pertence a todos.

“Essas visitas são de grande importância, primeiro porque aproximam os jovens de um espaço que muitas vezes parece distante. Eles passam a entender que a Assembleia é feita por pessoas comuns, que representam o povo e estão acessíveis a todos. Quando eles veem isso de perto, levam essa experiência para casa, compartilham com os pais, os avós, os tios. É uma forma de multiplicar esse conhecimento e fortalecer a consciência política familiar”, afirmou.

Para Telma, o projeto é também uma ferramenta para plantar uma semente de consciência cidadã. A diretora acredita que ao proporcionar esse primeiro contato com o Poder Legislativo, é possível despertar vocações, promover questionamentos e incentivar a participação ativa.

Diretora da Elese, Telma Pimentel

“Essa experiência nos bastidores da Assembleia é uma semente. Uma semente que precisa ser plantada e regada. A gente entende que, muitas vezes, o jovem não teve sequer um contato inicial com o mundo político. E, de repente, aqui ele passa a enxergar a importância do que acontece nessa Casa. Não queremos que eles sejam apenas telespectadores da política. Queremos que sejam protagonistas, atores da própria história”, destacou.

Telma ainda explicou que o roteiro da visita foi cuidadosamente elaborado para manter o interesse dos estudantes em cada etapa. Desde o início da atividade, na sede da Elese, os alunos recebem uma contextualização sobre a história de Sergipe, com destaque para o simbolismo do Palácio Fausto Cardoso e da Praça que o cerca, locais que marcaram momentos decisivos da política sergipana. Para isso, inclusive, a história é apresentada em formato de cordel, linguagem mais leve e atrativa para o público jovem.

“Sabemos que os jovens hoje são imediatistas e conectados o tempo todo. Se a gente não fizer algo dinâmico, eles se desconectam. Então a ideia é fazer uma apresentação envolvente, que desperte a curiosidade. E dá certo. Eles ficam atentos, fazem perguntas, interagem. E o mais importante: saem daqui com uma nova perspectiva sobre seu papel na sociedade”, relatou.

O ponto alto da visita, segundo a diretora, acontece no Plenário da Assembleia Legislativa, no Palácio Governador João Alves Filho. Lá, os estudantes assistem a uma Sessão Plenária ao vivo e são saudados pelos parlamentares, podendo ver de perto como se dá a atuação dos deputados.

Estudantes conversaram com alguns dos parlamentares presentes

“Eles ficam ansiosos para esse momento. Querem saber quem são os deputados, como funciona a sessão. E aí acontece essa interação linda. Os parlamentares muitas vezes vão até eles, conversam, tiram fotos. Alguns alunos até conseguem fazer perguntas. Isso é marcante. É nesse momento que muitos percebem que também podem ocupar esses espaços um dia”, observou.

A visita termina na Sala de Comissões da Alese, onde a historiadora Araci Nascimento apresenta uma explicação mais aprofundada sobre o funcionamento dos Três Poderes, com ênfase no papel do Legislativo. O encontro é encerrado com um lanche, parte que, segundo Telma, os alunos também valorizam bastante.

“É um momento de confraternização e troca. E todos saem diferentes do que chegaram. O jovem que não pensava em votar aos 16, sai daqui querendo tirar o título. Aquele que nunca pensou em política, começa a refletir. Isso, para nós, é missão cumprida”, finalizou Telma, reforçando que todas as escolas interessadas são bem-vindas ao projeto, que ocorre regularmente às terças e quartas-feiras.

Prática que transforma

A coordenadora pedagógica do Instituto Dom Fernando Gomes, Mylena Martins, acompanhou a turma durante a visita e destacou o impacto positivo da atividade no processo formativo dos estudantes.

Coordenadora pedagógica, Milena Martins

“Eu sou totalmente a favor de tudo que tire os alunos da rotina. É muito interessante quando conseguimos sair da teoria e proporcionar esse contato direto com a prática. A vivência de hoje tem um valor imensurável, porque eles não estão só ouvindo falar sobre o processo legislativo, eles estão vendo com os próprios olhos. Estão entrando na Assembleia, conhecendo os espaços, ouvindo as falas dos parlamentares, absorvendo o ambiente. Isso, para mim, é transformador. Eles já vivenciaram júris simulados na escola, já estudaram sobre os Três Poderes, mas hoje puderam ver tudo isso ganhando vida. É outra perspectiva”, afirmou.

Mylena também destacou o valor do contato com a Biblioteca Deputado Marcelo Déda e a programação da Elese:

“Eles ficaram muito encantados com a biblioteca, principalmente por ser um espaço tão importante para a nossa cidade e que muitos ainda não conheciam. Poder pegar nos livros, ver os títulos disponíveis para doação, entender que existe uma escola do Legislativo que oferece cursos e palestras sobre temas diversos e tudo isso amplia os horizontes. O encontro com Evaldo Campos foi de uma riqueza imensa. Os alunos saem daqui hoje mais conscientes, mais críticos e com um sentimento de pertencimento que vai acompanhá-los por toda a vida escolar e cidadã”, concluiu.

Vozes da nova geração

Eduarda Batista

A experiência também provocou reflexões profundas entre os estudantes, que participaram ativamente de todas as etapas da visita. A aluna Eduarda Batista, de 16 anos, falou sobre a importância do momento para sua formação política:

“Eu ainda não voto, mas já estou decidida a tirar meu título no próximo ano, por conta das eleições. Eu acho que participar dessa visita foi uma das coisas mais significativas que vivi na escola até agora. A gente teve uma verdadeira aula, só que fora da sala. Entender como funciona a Assembleia, como se criam as leis, como os deputados trabalham e isso nos aproxima da política e faz a gente perceber que também faz parte disso tudo. A visita à biblioteca também foi muito especial. Eu nunca tinha estado num espaço como aquele, com tantos livros, com essa importância para a história do nosso estado. Fiquei feliz por poder pegar um livro para levar pra casa, por ter esse acesso. Isso não é algo que acontece todo dia. Saio daqui hoje mais consciente do meu papel, como mulher, como estudante e como futura cidadã. A política não é só para adultos. A gente, jovem, também tem responsabilidade e pode, e deve, se interessar e participar”, completou.

O colega de turma, Rodrigo Gabriel, também de 16 anos, compartilhou a mesma empolgação:

Rodrigo Gabriel

“Hoje eu entendi que, mesmo não podendo votar ainda, eu já sou afetado por tudo o que acontece na política. Às vezes a gente acha que política é só na época da eleição ou que só importa para adultos, mas não é assim. Estar aqui me fez pensar diferente. Foi como se algo tivesse acendido dentro de mim. Eu vi como os deputados discutem, como eles decidem as coisas, e percebi que meu papel como estudante vai muito além da sala de aula. Pretendo tirar meu título logo que puder, e quero, no futuro, participar mais ativamente. Inclusive, quero voltar à biblioteca da Assembleia. Tem muita coisa boa ali, que pode nos ajudar a crescer. Acho que a gente precisa de mais momentos assim, que nos ajudem a entender o mundo em que vivemos e como podemos melhorá-lo”, finalizou Rodrigo.

Instituições interessadas em participar do projeto “Visita à Casa do Povo” podem entrar em contato com a Escola do Legislativo – Elese, para agendar a participação.

Horário de funcionamento: Segunda a quinta-feira das 8h às 17h Sexta de 8h às 12h.

Telefones disponíveis: (79) 3216-6802 / 6803 / 6845. A programação ocorre durante todo o ano, sempre às terças e quartas-feiras.

Fotos: Jadilson Simões / Agência de Notícias Alese

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