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“Estimativa é de 450 novos casos de câncer de mama em Sergipe”, diz Oncologista

Um dos expositores no amplo debate sobre o câncer de mama na Assembleia Legislativa, promovido pela deputada estadual Goretti Reis (PMDB), o oncologista Adolfo Scherr, apresentou números estimados bastante preocupantes sobre os registros da   no Brasil e em Sergipe, ao longo de 2017.

Ao fazer sua exposição, ele lembrou as dificuldades registradas pelas pacientes no tratamento do câncer de mama no Estado. “A pessoa chega e precisa de um diagnóstico, mas tem que correr de um lado para o outro até consegue um exame de mamografia para diagnosticar aquele nódulo suspeito, que ela percebe com um caroço ao tocar-se”, revelou.

Em seguida, ele explicou que os pacientes do SUS normalmente iniciam a “peregrinação” procurando uma Unidade Básica de Saúde.  “Geralmente a pessoa é encaminhada para um mastologista e, com a demora, não descobre dentro do período adequado. As vezes a pessoa até paga para ser consultada logo”.

“Pior é quando esse paciente tem que fazer uma biopsia. Aí, até fazer o exame e receber o resultado vai demorar de seis a oito meses.  Nesses casos o paciente do plano de Saúde normalmente descobre a doença muito antes do que o paciente do SUS. Sem contar que ainda tem a cultura do medo, onde a pessoa descobre o tumor e prefere aguardar”, acrescentou o oncologista.

Mais adiante, Adolfo Scherr explicou que, após dois anos do primeiro debate sobre o assunto em Sergipe, o tratamento oncológico não mudou muito. “A fila da radioterapia ainda é muito grande. As pessoas são operadas e precisam começar o tratamento com 40 dias ou dois meses depois da cirurgia. Acabam esperando de seis a oito meses para iniciarem o tratamento. Isso impacta na vida da pessoa”.

Por fim, o oncologista trouxe números assustadores. “A cirurgia de reconstrução mamária já é preconizada pelo SUS e são cada vez menos mutilantes. Além da autoestima da mulher, tem a questão da saúde de adequar o tamanho das mamas. Isso o Huse e o Hospital Cirurgia não fazem. Tem no Hospital Universitário, mas ainda não é aberto este procedimento. Sobre o tratamento da oncologia, a gente consegue tratar e curar muita gente”.

“Eu falo baseado nos dados de 2016, porque para 2017 temos apenas estimativas, mas a previsão é que surjam 58 mil novos casos de câncer de mama no Brasil e em torno de 450 aqui em Sergipe, que por ser um Estado pequeno, é um número significante. Sem contar que o número de mortes está aumentando nos últimos anos e estamos na casa dos 15 mil. Na década de 80 não chegava nem a 8 mil. Depois foi a 10 mil, depois a 12 mil e assim sucessivamente”, comentou o médico.

Por Agência de Notícias Alese

 

Foto: César de Oliveira

 

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