Por Assessoria Parlamentar

A deputada estadual de Sergipe, Linda Brasil (Psol), utilizou a tribuna na manhã desta terça-feira, 22, para se somar, mais uma vez, ao protesto das/os trabalhadoras/es da saúde do Estado que reivindicam a garantia dos empregos na Fundação Hospitalar de Saúde (FHS), o reajuste salarial das categorias, a atualização do acordo coletivo e o sucateamento do Ipesaúde.

“Infelizmente, como todas e todos sabem, o cenário da Saúde em Sergipe é o pior possível. O governador do Estado anunciou que não tem dinheiro para pagar sequer o salário dos 6.636 trabalhadores da Fundação Hospitalar de Saúde até o fim do ano de 2023. O que é inaceitável, visto que tivemos 2 meses de forró, onde foram gastos milhões de reais pagos pelo governo do estado e agora eles dizem que o Estado está quebrado e não tem como pagar as/os trabalhadoras/es da saúde. Isso é surreal e inaceitável”, denunciou a deputada.

Outra reivindicação dos servidores públicos da saúde, em especial, os celetistas é que eles não foram incluídos no orçamento do Governo Estadual. Todas as demais categorias obtiveram reajuste de 2,5% e 10%, enquanto os celetistas não receberam nenhum reajuste, bem como não terão reajuste sobre os benefícios do acordo coletivo de trabalho.

“O clima é de muita incerteza e de insegurança para as/os trabalhadores. Hoje mesmo, quando estava chegando aqui na Alese, ouvi relatos de que alguns profissionais estão adoecendo e muito abalados emocionalmente, porque estão com medo de perderem os seus empregos. Isso tudo é muito perverso. E o pior é não ver o governador se mexer para resolver essa situação. São mulheres e homens de família, heróis e heroínas da pandemia, profissionais dedicados que estão sendo descartados sem nem sequer serem ouvidos”, pontuou Linda Brasil.

A deputada também alertou que “a população não pode ficar sem assistência à saúde e nem as servidoras e os servidores podem ficar sem os seus salários e suas famílias sem o pão de cada dia. É muito triste ver a situação desses profissionais que além de terem o trabalho prejudicado, ficam preocupados com o seu futuro”, destacou a deputada.

Solidariedade

Na Tribuna, a deputada também prestou solidariedade às vereadoras Mônica Benício (Psol/RJ), viúva de Marielle Franco, e Iza Lourenço (Psol/MG) que recentemente receberam mensagens de ameaça.

“É um absurdo que nós mulheres, especialmente nós mulheres de esquerda, continuemos sendo alvo da violência política de gênero sem que as autoridades tomem uma atitude e reconheçam que essa violência ameaça também o estado democrático de direito. Em junho deste ano fui eu quem recebeu essas ameaças de morte, até hoje ando com escolta policial e, apesar das denúncias terem sido feitas na Polícia Civil e na Polícia Federal, até agora o caso não teve uma solução”, pontuou Linda Brasil.

A vereadora Mônica Benício, recebeu na última segunda-feira, 21, uma ameaça de “estupro corretivo” em uma mensagem enviada por e-mail, por ser uma mulher lésbica. Na última sexta-feira, 18, a parlamentar Iza Lourenço recebeu quatro ameaças de morte no e-mail institucional e pessoal.