Em reunião com Eduardo D’Avila, procurador-geral de justiça de Sergipe, a deputada estadual Janier Mota pediu que seja revista a instalação do aterro sanitário no povoado Muquem, no município de Itabaianinha/SE. A parlamentar estava acompanhada do deputado federal, Fábio Mitidieri (PSD/SE).
“Me reuni na última quinta-feira (25) com os moradores na associação do Povoado Muquém, ouvi suas reivindicações e vi que eles têm razão. O aterro, naquele povoado, é inviável. Por isso que hoje estamos trazendo essa pauta para o procurador Eduardo”, afirmou Janier.
O estudante universitário, Ruan Silva, declarou que o povoado não tem condições de receber o aterro e apelou aos políticos. “Precisamos que nossa voz seja ouvida, mas vai ser ouvida por quem? Na nossa reunião comunitária, só a deputada Janier Mota compareceu, representando a esfera política”, disse.
Para o Padre Vagner, também membro da comunidade, o meio ambiente será um grande prejudicado, caso a obra se concretize. “Os lençóis freáticos daqui são muito próximos à superfície, nós temos uma água de excelente qualidade e o aterro, iria afetar todo um ecossistema; além de prejudicar as famílias que vivem da agricultura”, pontuou.
O procurador-geral de justiça disse estar aberto ao diálogo. “Posso sim me reunir com a comissão de Muquém para vermos de que forma o Ministério Público Estadual pode auxiliar nesse ponto do aterro”, declarou Eduardo.
Matadouros sergipanos
Ainda na reunião, Janier Mota e Fábio Mitidieri levaram a problemática dos abatedouros, que está afetando todo o Estado.
“Na nossa conversa com o procurador da justiça, cobramos uma resposta sobre a problemática dos matadouros. Ele nos informou que fará uma reunião com a Adema, Emdagro e promotores municipais, para que regras sejam fixadas e possam reabrir, num primeiro momento, pelo menos os matadouros de Itabaiana, Lagarto e Capela. Essa é uma excelente notícia para a população sergipana”, explicou Janier.
Mitidieri completou dizendo que sabe que a lei precisa ser cumprida, mas o povo precisava mesmo de uma resposta mais concreta. “Entendemos a necessidade de adequação, mas a maioria dos matadouros foram fechados, aqueles que sobrevivem estão sem ter como trabalhar. Há apenas dois funcionando e isso gera uma alta nos preços dos produtos. Viemos ao MPE para entender o que precisa ser feito, para que essa situação possa ser resolvida”.
Eduardo D’Avila informou que essa situação com os matadouros não é recente. “Tem 20 anos que o Ministério Público trabalha nessa questão dos matadouros e, em reunião com o governador, decidimos justamente nos reunir com esses promotores municipais, para que possamos reabrir pelo menos nas três localidades já citadas, desde que eles cumpram as regras, claro”.
Foto: Breno Couto