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Doenças mentais impactam crianças e jovens na pandemia

Por Wênia Bandeira

Crianças e jovens estão sofrendo com doenças mentais durante a pandemia. Este é o resultado de pesquisas realizadas com este público e que ainda demonstram que poucos procuram ajuda.

A cartilha da série Saúde Mental e Atenção Psicossocial na pandemia Covid-19, elaborada por pesquisadores colaboradores do Centro de Estudos e Pesquisas em Emergências e Desastres em Saúde (Fiocruz), mostra que as alterações de rotina nas vidas das crianças devem ser levadas em consideração para evitar problemas mentais.

“A pandemia causada pelo novo coronavírus tem trazido mudanças na vida cotidiana das crianças. Há indícios de que a taxa de mortalidade nessa faixa etária é relativamente menor em comparação a outros grupos, como adultos e idosos. No entanto, é preciso afirmar que todas as crianças estão suscetíveis às repercussões psicossociais da pandemia”, diz a cartilha.

A reflexão proposta pelo documento ainda lembra que o Brasil tem diferentes níveis sociais que podem agravar a situação. Os meninos e meninas podem ficar mais vulneráveis com condições de vida mais difíceis.

“A desigualdade social também determina diferentes níveis e condições de vulnerabilidade sobre a experiência da infância, de modo que os profissionais da saúde devem estar atentos às demandas de atenção e cuidado que se produzem nessa situação”, acrescenta.

Segundo o estudo “Global Student Survey”, 76% dos universitários brasileiros dizem que a pandemia trouxe impacto na saúde mental. Este é o maior índice registrado em comparação com 21 países que participaram da pesquisa.

Além disso, para 87% destes estudantes houve aumento de estresse e ansiedade e 17% afirmaram ter pensamentos suicidas. Entre todos os que informaram ter sofrido com os problemas, somente 21% buscou ajuda.

O estudo foi realizado pela Chegg.org, organização sem fins lucrativos ligada à Chegg, empresa de tecnologia educacional norte-americana e ouviu 16,8 mil estudantes de 18 a 21 anos, entre 20 de outubro e 10 de novembro de 2020.

Em maio do ano passado, a Organização Mundial da Saúde (OMS) já alertava que a saúde mental precisaria de maior atenção. “A saúde mental e o bem-estar de sociedades inteiras foram seriamente impactados por esta crise e são uma prioridade a ser abordada urgentemente”, falou Devora Kestel, diretora do departamento de saúde mental da OMS, em entrevista coletiva concedida à época.

Naquele momento, a OMS apresentou um relatório, que ressaltou várias regiões e setores das sociedades como vulneráveis ao sofrimento mental, entre eles crianças e jovens isolados de amigos e da escola.

Foto: Pixabay

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