“É um passo importante da Assembleia Legislativa de Sergipe trazer este debate por ser aquela que vai capitanear vários movimentos em direção à equidade de gênero e em direção às práticas às políticas que também estimulem o combate à violência e à empregabilidade da mulher vítima de violência”. A afirmação foi feita na manhã desta terça-feira, 12, pela diretora geral do Senado Federal, Ilana Trombka, antes de proferir palestra no plenário da Alese sobre a Equidade de Gênero (garantia de tratamento e oportunidades para todos).
De acordo com ela, a Assembleia Legislativa de Sergipe está sendo pioneira entre as suas co-irmãs. “As outras 26 assembleias legislativas com essa ampla discussão e com esse corpo de deputados podem formar um coeficiente intelectual e uma vontade política para colocar uma série de iniciativas em prática e com isso construir um passo concreto na direção da equidade”, destaca.
Ilana Trombka disse ainda ser um trabalho constante. “Nós estamos no século XXI, mas o direito do voto à mulher tem menos de 100 anos, a Lei do Divórcio, a Lei Maria da Penha não tem nem 15 anos e a gente vê que as conquistas femininas são recentes na história contemporânea e por isso precisam ser trabalhadas, reforçadas e estar como algo indiscutível na educação de todas as crianças e nas práticas profissionais do mercado de trabalho”, entende.
Senado
Ilana Trombka enfatizou que o Senado Federal tem tratado a equidade de gênero como uma bandeira institucional muito forte. “E é nesse sentido que a gente quer levar a experiência que a gente construiu nos últimos quatro anos para que sirva de inspiração os nossos acertos e também os nossos erros para todas as assembleias legislativas e câmaras de vereadores”, entende.
Sobre os programas desenvolvidos, a diretora falou sobre o Comitê Permanente pela Promoção da Igualdade de Gênero e Raça, , que visa elaborar ações dirigidas às servidoras e servidores da Casa, para um clima organizacional mais igualitário e troca de informações e conhecimento para a promoção da isonomia de direitos entre homens e mulheres, dentro e fora das organizações. Entre as ações, palestras sobre a equidade de gênero ;
Programa de Assistência a mulheres em situação de vulnerabilidade, que tem por objetivo dar oportunidades de emprego a mulheres vítimas de violência. O programa destina 2% das vagas nos contratos de prestação d serviços continuados e terceirizados do Senado federal, com 50 ou mais trabalhadores (as) para mulheres em situação de vulnerabilidade econômica decorrente da violência doméstica ou familiar;
Também são desenvolvidas pautas femininas por meio das procuradorias da mulher, oficinas Senado Mulheres, curso de defesa pessoal para mulheres, fóruns de gênero e diversidade; talk shows e ações contra o assédio moral e sexual no ambiente de trabalho Senado Federal, além do Março Mulheres, que premia as senadoras da chamada “bancada do batom” e da apresentação do sistema de cotas em eventos, como o Fórum Mulheres em Destaque (CKZ Consultoria em Diversidade).
Por Aldaci de Souza – Rede Alese
Foto: Jadilson Simões