Hoje, 28 de maio, celebramos o Dia Nacional de Redução da Mortalidade Materna e da Saúde da Mulher. Essa data não é apenas um marco simbólico, mas um chamado à ação diante de uma realidade alarmante que persiste em nosso estado.
Em 2022, Sergipe registrou a segunda maior taxa de mortalidade materna do Brasil, com 98,2 óbitos a cada 100 mil partos, ficando atrás apenas de Roraima. Esses números são inaceitáveis e refletem a falta de acesso adequado aos serviços de saúde.
Embora em 2023 tenha havido uma redução, a taxa caiu para 37,92 por 100 mil nascidos vivos, a oscilação desses dados demonstra a fragilidade de nossas políticas públicas.
É urgente que o Governo do Estado, em parceria com os municípios, invista de forma contínua e eficaz na saúde da pessoa gestante. Isso inclui orçamento para ampliação do acesso ao pré-natal, capacitação de profissionais de saúde e a garantia de condições adequadas nas unidades de atendimento.
Além disso, é fundamental combater a violência obstétrica, uma realidade cruel enfrentada durante o parto. Nesse sentido, menciono a importância do Projeto de Lei 74/2024, de nossa autoria, que visa combater e prevenir a violência obstétrica em Sergipe, além da Lei nº 9.393, também de nossa autoria, que permite a presença de doulas em hospitais e maternidades do Estado. Essas são conquistas importantes, mas sabemos que a efetivação dessa lei depende de sua implementação prática e da conscientização de toda a sociedade.
Reafirmo meu compromisso com o direito à saúde e com a vida e a dignidade de todas as pessoas que gestam.
Foto: Jadilson Simões| Agência de Notícias Alese