Por Aldaci de Souza
É comemorado em 19 de setembro através da Lei nº 7.708/2013, o Dia Estadual de Mobilização Social pela Educação, em homenagem ao nascimento do patrono da Educação Brasileira, o educador Paulo Freire, conhecido como influenciador do movimento Pedagogia Crítica. A Secretaria de Estado da Educação, do Esporte e da Cultura (Seduc) iniciou em fevereiro de 2020, um ciclo de debates sobre a vida de Paulo Freire, destacando o pensamento transformador do educador brasileiro mais conhecido do mundo.
Na Assembleia Legislativa de Sergipe, o deputado Iran Barbosa (PT), é autor do Projeto de Lei nº 8.779/2020, que institui 2021 como Ano Cultural do Educador Paulo Freire, em comemoração ao centenário de nascimento do educador e filósofo brasileiro, ressaltando que uma educação libertadora pode reconstruir a convivência democrática, a tolerância e a possibilidade de inclusão.
“Paulo Freire é referência internacional em termos de políticas voltadas para o processo de alfabetização, de projetos de educação bem sucedidos que envolvem um processo de inclusão das pessoas que estão excluídas do processo educacional. Paulo Freire foi um grande defensor da educação com instrumento de libertação do povo. Por isso é fundamental que nós comemoremos o seu centenário de nascimento”, afirma Iran Barbosa.
As comemorações na Alese, coordenadas pela jornalista Rosângela Dória, tiveram início dia 2 de setembro, com a realização da conferência A Atualidade do Pensamento de Paulo Freire no século XXI. O conferencista foi o professor doutor Cristian Góes, da Universidade Federal de Sergipe. No dia 9 de setembro, houve uma Mesa Redonda com os professores doutores da UFS, Bernard Charlot, Sônia Meire Santos e Marizete Lucini. Eles debateram o tema: Por que Paulo Freire incomoda.
Até o dia 30 de setembro, o centenário de nascimento de Paulo Freire terá continuidade com a realização de mais três mesas redondas para debater os temas: As Contribuições da Pedagogia do Oprimido, A Pedagogia de Paulo freire e o Debate Contemporâneo sobre o Currículo e a Educação, Comunicação e Práticas; além de conferências e apresentação de documentário sobre Vida e Obra de Paulo Freire,
Histórico
Paulo Reglus Neves Freire nasceu em 19 de setembro de 1921, no Recife (PE). Em 1943, entrou para estudar Direito na Universidade do Recife, mas não exerceu a profissão, preferindo trabalhar como professor de Língua Portuguesa numa escola de segundo grau, chegando ao cargo de diretor do Programa de Alfabetização no Governo João Goulart.
Foi preso e exilado durante o Governo Militar e no período, escreveu o livro Pedagogia do Oprimido; também é autor dos livros: Educação como Prática dda Liberdade, Cartas À Guiné-Bissau, Educação e Mudança, a Importância do Ato de Ler em Três Artigos que se Completam, Pedagogia da Esperança, Política e Educação e Pedagogia da Autonomia.
Foi supervisor do Programa para Alfabetizar de Adultos e secretário municipal de Educação de São Paulo. O educador morreu em 1997 vítima de um ataque cardíaco.
Foto: Divulgação Nova Escola
.