Por Aldaci de Souza
A Assembleia Legislativa de Sergipe destaca em campanha divulgada nas redes sociais, o Dia Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha, celebrado no próximo domingo, 25. A data é reconhecida pela Organização das Nações Unidas (ONU), desde que começou ser comemorada após um encontro de mulheres negras em Santo Domingos, na República Dominicana, em 1992.
Elas definiram a data e criaram a a Rede de Mulheres Afro-latino-americanas e Afro-Caribenhas, como forma de pressionar a Organização das Nações Unidas (ONU) a assumir a luta contra as opressões de raça e gênero.
A campanha da Alese ressalta a luta da mulher negra latino-americana e caribenha para seguir adiante, lamentando o fato de a cor da pele continuar tendo o poder de definir o destino de uma mulher.
A população negra no Brasil, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), corresponde a 54% e de acordo com a Associação de Mujeres Afro, na América Latina e no Caribe, o número chega a 200 milhões de pessoas se identificam como afrodescendentes. Estimativas apontam que tanto no Brasil como em outros países, a mulher negra continua sendo a principal vítima de feminicidio, violência doméstica, violência obstétrica e da mortalidade materna.
Em Sergipe, a dramaturga e professora Valdice Teles, (nascida em Riachuelo) enfrentou a cultura dominante, o patriarcalismo e o preconceito racial. Atriz e estudiosa da cultura popular, ela participou durante 25 anos do grupo teatral Imbuaça, morrendo aos 47 anos, de insuficiência respiratória, em 2005.
No dia 25 de julho de 2018, a história de resistência através da arte de Valdice Teles foi lembrada na Assembleia Legislativa de Sergipe pela então deputada Ana Lúcia Menezes, para lembrar o Internacional da Mulher Negra Latino-Americana e Caribenha.
Foto: Divulgação Associação Brasileira de Saúde Coletiva
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