Por Aldaci de Souza – Rede Alese
Na palestra realizada no plenário da Assembleia Legislativa de Sergipe, na última quinta-feira, 7, o superintende estadual de Recursos Hídricos e Meio Ambiente, Ailton Rocha, afirmou que a agonia do rio São Francisco passa pela questão do desmatamento.
Segundo ele, estudos apontam para 48% de áreas desmatadas que afetam não apenas pequenos rios que estão se transformando em canais, mas o Velho Chico, responsável por 99,8% do nosso potencial hídrico.
“Não sou contra agronegócios, mas sou contrário ao mau negócio, que desmata sem desenvolver uma política ambiental; acabando com os mananciais e causando impactos nos rios, até mesmo no caudaloso São Francisco. O desmatamento compromete, aumenta o assoreamento, diminui a vazão, e o rio São Francisco que adentrava dez, 20 quilômetros no oceano, hoje com a redução da sua força, passa a ter uma equação inversa: o oceano atlântico está adentrando ao São Francisco, afetando sergipanos e alagoanos, principalmente moradores de Neópolis, Piaçabuçu e Penedo”, alertou.
Ailton Rocha reiterou ser essa uma das principais ameaças, pois afeta diretamente a qualidade da água, por conta do sal. “É um problema difícil de ser resolvido e nós precisamos garantir água potável para todos na Bacia do São Francisco, fazendo uma proteção e conservação de manancial. Para isso é preciso envolver todas as esferas de governos, federal, estaduais e municipais, que precisam ter uma preocupação ambiental maior”, finalizou o superintendente.
Foto: Jadilson Simões