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Desabastecimento do Rio São Francisco a Aracaju levará a crise hídrica, alerta Ana Lúcia

A deputada estadual Ana Lúcia ocupou o grande expediente da Assembleia Legislativa na manhã desta terça-feira, 30, para registrar sua preocupação com a situação de assoreamento do Rio São Francisco e a dificuldade de abastecimento hídrico de Aracaju e da Grande Aracaju. “A situação é gravíssima, é de desabastecimento”, lamentou a deputada, que é coordenadora da Frente Parlamentar de Meio Ambiente, Segurança Alimentar e Comunidades Tradicionais da ALESE.

Ela explicou que apesar de a vazão da água precisar aumentar dos atuais 800 para 900 metros cúbicos, a CHESF e a Agência Nacional das Águas (ANA) definiram que o volume de água será reduzido para 700 metros cúbicos, podendo chegar a 500. “E assim não tem como captar a água para abastecer Aracaju e Grande Aracaju”, protestou.

Espero que isso seja resolvido e nós possamos, enquanto parlamentares, tomar posição no sentido de que sejam agilizadas as ações necessárias para o abastecimento de água da nossa capital e da grande Aracaju. Caso contrário será um colapso, uma crise profunda na vida dos aracajuanos e nos municípios circunvizinhos”, defendeu, explicando que 60% da população da capital é abastecida pelo São Francisco.

Ana Lúcia comentou ainda a polêmica em torno das obras no Velho Chico. A polêmica diz respeito à destinação dos recursos para a realização da obra, ou seja, se o montante chegará via CODEVASF ou por meio Defesa Civil, para que as obras sejam executadas pela DESO. Neste sentido, ela destacou que a defesa civil, que tem experiência em situações de emergência, deixou claro que já tem o decreto e que todos os procedimentos já foram encaminhados.

Fica agora a disputa se a CODEVASF ou a DESO vai executar a obra. O que precisamos é de recursos, para que a obra comece a ser feita. Não é momento de disputa entre o governador do Estado e o Senador Valadares. É momento de seriedade e compromisso”, destacou Ana Lúcia, pedindo apoio aos três senadores e aos oito Deputados Federais no sentido de pressionar para que a ANA libere o volume de água necessário para o abastecimento de Aracaju e toda a região.

Salinização

Ana Lúcia lamentou ainda o processo de salinização que o Rio São Francisco vem sofrendo ao longo dos anos, situação que tem se intensificado. “O processo está ao contrário. Não é o rio que está indo para o mar, mas é o mar que está avançando para o rio, salinizando-o”.

Ela citou o exemplo de Brejo Grande, município cuja economia depende diretamente do Rio São Francisco, devido à forte cultura do arroz. “As lagoas de arroz da Resina e da Batateira, que são comunidades quilombolas, estão salinizadas. Não se pode mais plantar”, lamentou a deputada, ressaltando que em 2015 os pequenos rizicultores perderam suas safras, devido à salinização, eles sequer plantaram em 2016.

Até os povoados como Carapitanga não têm mais como abastecer a população. A população tem que comprar água de outros povoados. A CHESF precisa fazer uma compensação”, cobrou a parlamentar.  

Por Ascom Parlamentar

Foto: Jadilson Simões

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