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Deputados criticam corte de investimentos da Petrobras em Sergipe

Por Habacuque Villacorte

O líder do governo na Assembleia Legislativa, deputado estadual Zezinho Sobral (PODE), durante a sessão dessa quarta-feira (4), fez a leitura do ofício encaminhado pelo governador Belivaldo Chagas (PSD) para o presidente da Petróleo Brasileiro S.A (Petrobras), Roberto Castelo Branco, quando manifestou insatisfação com os movimentos promovidos pela Companhia, dentro de seus ajustes de portfólio de exploração e produção, bem como políticas de investimento e desinvestimentos.

No ofício o governo questiona a ação da Petrobras de focar, quase que exclusivamente, nos ativos de águas profundas e ultraprofundas na região sudeste, “estando em curso o total desmanche das atividades da empresa no Estado”, elu o deputado, anunciando que apresentou uma Moção de Apoio irrestrito da Alese ao ofício do Poder Executivo e aproveitou para pedir o apoio dos demais parlamentares.

No ofício o Poder Executivo também externa ter informações da hibernação de campos em águas rasas e terrestres, desinvestimento com o plano de descomissionamento do campo de Piranema e, no dia 23 de outubro, “foi anunciado o plano de venda da totalidade da participação da Petrobras em 11 concessões de campos de produção terrestres, localizados em vários municípios sergipanos, denominados conjuntamente de Polo Carmópolis, contemplando quase três mil poços em operação e outras infraestruturas”.

Ainda no ofício enviado ao presidente da Petrobras, o governo reclama que a Companhia “deixa um rastro de perdas para a economia de Sergipe, tanto na questão de empregos diretos e indiretos, como receitas tributárias e de royalties” e, acrescenta ainda que, apesar de a empresa procurar maior retorno dos investimentos, “não está sendo dada a devida atenção aos impactos econômicos e sociais que vem gerando nos Estados onde a Petrobras está fazendo os desinvestimentos”.

Para Zezinho Sobral o ofício do governo retrata de forma objetiva os danos que a Petrobras vem causando ao Estado. “Isso desde o fechamento da Fafen, anunciado ainda no governo Temer, que agora será reaberta, fruto dos esforços de diversos agentes políticos, dos governos dos Estados e com a participação dos empresários que arrendaram a empresa. Estamos com essa Moção para lembrar ao presidente da Petrobras aquilo que o secretário de Indústria e Comércio lhe disse, na presença do governador e do deputado Laércio Oliveira de que ele não esqueça que não se pode esquecer do maior acionista que é o povo brasileiro e são esses interesses que devem ser preservados”.

Ainda segundo o líder do governo na Alese o presidente da Petrobras está esquecendo a natureza de empresa pública que a Companhia possui e essas medidas depõem radicalmente contra a postura dessa empresa. “Isso nos faz rever a necessidade de sua existência. Diante dos desmandos que tomamos conhecimento que existiram no passado, os danos ainda são menores do causados pela atual gestão para Sergipe e para o Brasil”.

Luciano Bispo

Deputado Luciano Bispo se solidarizou com discurso

O presidente da Alese, deputado Luciano Bispo (MDB) ficou solidário com o pronunciamento, enfatizando que na última sexta-feira (30), participou de uma reunião virtual com um diretor da Companhia. “Ele encontrou uma maneira educada de dizer que a Petrobras tinha tomado sua decisão, que estava tudo acabado e que estava disposto a conversar sobre a questão das águas profundas”. Em resposta, Zezinho Sobral disse que é uma decisão política porque os investimentos estão mantidos no Sudeste do País.

Luciano Pimentel

Por sua vez, o deputado estadual Luciano Pimentel (PSB) lembrou que, desde 2015, vem lutando e denunciando essa “desmobilização” da Petrobras em Sergipe. “Quero me solidarizar com as palavras do governador nesse ofício lido na Alese e lembro que desde 2015 venho fazendo vários pronunciamentos e tenho dezenas de registros na imprensa local alertando sobre essa política de desmobilização. Inclusive convidei o superintendente para vir a esta Casa em 2017 e ele não veio”, comentou.

Em seguida, Pimentel pontuou que, também em 2017, teve uma audiência com o presidente da Petrobras na companhia do presidente Luciano Bispo. “Nos foi dito que não estava havendo qualquer desmobilização. Eu continuei insistindo e, ano passado, eu e Luciano Bispo fomos na companhia dos empresários Albano Franco e José Carlos Machado e novamente conversei com o presidente da Petrobras, quando demonstramos nossa preocupação e ele nos trouxe foi a notícia de que haveria um investimento grande. Nós temos sim que cobrar da Petrobras a manutenção desses investimentos no nosso Estado porque isso é um absurdo e não podemos aceitar”.

Foto: Jadílson Simões

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