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Deputado Moritos Matos apoia luta dos estudantes de Ciência da Religiã

Alunos do curso de Ciência da Religião solicitaram ao deputado estadual Moritos Matos apoio na luta pela regulamentação do ensino religioso em Sergipe. Eles reivindicam que somente os profissionais devidamente licenciados na área de religião possam lecionar a disciplina. Ou seja, que sejam formados pelo curso de Ciência da Religião ofertado em Sergipe desde 2012 pela Universidade Federal de Sergipe – UFS. O curso de nove semestres. São necessários 4 anos e meio para formar um profissional capacitado para lecionar a disciplina de Religião.

Por causa dessa solicitação, o deputado Matos agendou uma reunião na quarta-feira, 22, com o secretário Estadual de Educação, Jorge Carvalho. “O curso da UFS é maravilhoso. O estudo é amplo e não se restringe a uma religião especifica. A reivindicação de alunos e dos professores é que a disciplina seja ministrada por professores formados em Ciência da Religião. A matéria de religião é extremamente importante para a formação das crianças e dos adolescentes”, argumentou o deputado estadual Moritos Matos.

A reunião contou com a participação do professor Alexandre de Jesus Prazeres e de cerca de 10 representantes da comissão do curso de Ciência da Religião da UFS. O aluno Joilson Santos Amorim afirma que muitas vezes são professores de outras matérias que lecionam a disciplina de religião nas escolas. “Isso acontece porque a Resolução nº 019/2003 do Conselho Estadual de Educação – CEE – consta que qualquer profissional formado em outras disciplinas pode lecionar Religião. Por exemplo, tem professor de matemática que completa sua carga horária dando aula de religião. Isso porque antes não havia nas universidades o curso que formasse esses profissionais, mas hoje já tem. Vamos lutar para que isso seja alterado em nível Estadual para depois partimos para a luta em nível Nacional”, enfatizou Joilson Santos.

De acordo com o professor Alexandre de Jesus, que leciona várias disciplinas do Núcleo de Ciência da Religião, são mais de 200 alunos matriculados nos cursos de mestrado e licenciatura da UFS. “Sem essa regulamentação a situação para os alunos fica bem complicada. Por exemplo, fica um curso de licenciatura que não tem razão de existir, porque ele vai formar um profissional, mas não tem um mercado de trabalho para esse profissional, então no momento você tem a disciplina ensino religioso que é obrigatória nas escolas , mas a matricula é facultativa para os alunos”, argumentou Alexandre.

DIFICULDADES

O professor Alexandre de Jesus explicou ao deputado Moritos Matos e ao secretario Jorge Carvalho que hoje a grande dificuldade é definir quais conteúdos devem ser trabalhados em sala de aula. “Visto que esse conteúdo não pode ser mais um conteúdo confessional, tem que ser um conteúdo laico. E a outra dificuldade é a formação do docente. Quem é o professor que vai lecionar esta disciplina?”, questionou Alexandre.

A estudante Maria Lúcia da Silva Fontes vai concluir o curso no meio do ano e se preocupa com a falta de uma regulamentação. “Essa é minha primeira licenciatura. Vou me formar e o Estado não tem a obrigação de contratar profissionais capacitados. Isso é uma frustração”, lamentou Maria.

De acordo com o aluno Joilson Santos, o deputado Moritos Matos tem participação fundamental nessa luta. “É justamente para que ele seja esse elo aqui em Sergipe entre o Poder Público daqui, o Governo e os secretários para que a gente prepare toda a documentação para enviar ao Ministro da Educação e com isso conseguirmos trazer de volta uma coisa que a gente entende que nem deveria ter saído da Base Curricular de Educação que é o ensino de religião”, expõe Joilson Santos.

APOIO

O secretário de Educação, Jorge Carvalho, afirmou ao deputado Moritos Matos e aos representantes da comissão dos alunos que as solicitações feitas pelos estudantes é justa e legítima. E orientou que eles conversassem com a presidente do Conselho Estadual de Educação – CEE -, Luana Silva Boamorte. “Somente o Conselho pode alterar essa resolução. Porque essa definição curricular é de competência deles. Cabe aos conselheiros definirem sobre a modificação dessa Resolução. Só depois que a maioria deles aceitar a mudança é que essa Resolução chega até mim. Só neste momento poderei emitir meu parecer”, argumentou Jorge Carvalho.

No final dessa conversa, o secretário de Educação afirmou que fará o agendamento da reunião com a presidente do Conselho, Luana Boamorte. O deputado Matos agradeceu ao secretário Jorge Carvalho por se comprometer a agendar o mais rápido possível o encontro com Conselheira. “A conversa foi positiva e vou continuar na luta junto com os estudantes e os professores do curso de Ciência da Religião. Porque entendo que as aulas de religião devem ser ministradas por pessoas capacitadas”, finalizou o deputado Moritos Matos.

Por Assessoria Parlamentar

Fotos: Andréa Oliveira

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