22/6/2022
Por Shis Vitória/Agência de Notícias Alese
Em pronunciamento na sessão plenária desta quarta-feira, 22, o deputado estadual Capitão Samuel (PP) destacou sobre o Dia Internacional de Combate às Drogas, celebrado no dia 26 de junho, e a decisão do Superior Tribunal de Justiça (STJ) a respeito do plantio de Cannabis para uso medicinal.
“Estamos no mês de junho e para aqueles que militam na causa do combate às drogas, em todos os seus níveis, é um mês de luta baseado no próximo dia 26 de junho conhecido como Dia Internacional de Combate às Drogas e quero mais uma vez reforçar que sou contra a decisão do Superior Tribunal de Justiça que determinou em três casos isolados, óbvio, a autorização de plantar Cannabis dentro de suas residências. Mais uma vez repito no que nós políticos temos que trabalhar, ou seja, é em fazer com que o SUS oferte, gratuitamente, esse remédio oriundo do óleo da Cannabis para todas as pessoas que necessitam desse tratamento. Nós disponibilizamos medicamentos que uma única ampola custa mais de R$ 20 mil e o SUS fornece para o tratamento de câncer no Brasil e uma ampola do óleo da Cannabis custa em média R$ 2 mil importada. Não precisamos fragilizar um país continental com a liberação das drogas e pior, sem ouvir a população e sim pela justiça, porque ela quem libera. A ideia é liberar o plantio de até 100 pés de Cannabis por pessoa. Agora imaginem aqui em Aracaju tendo mil pessoas plantando Cannabis baseado nessa liberação e cada uma com 100 pés? Vamos virar uma floresta”, proferiu.
Em seu discurso o deputado manifestou preocupação por conta da sua experiência com dependentes químicos. “Fica parecendo que as decisões são tomadas de brincadeira, mas vejam eu trabalho todo os dias com dependentes químicos, com pessoas que perderam o controle de suas vidas por causa do uso de vários tipos drogas e conheço jovens com problemas mentais em virtude do uso abusivo. Não precisamos fragilizar ainda mais um país sendo que pouco se controla. Não controla a entrada de armas, não controla o tráfico de drogas até porque o país é gigante. Aí vem a justiça sem ouvir a população através dos seus representantes, deputados estaduais, deputados federais e senadores e esse assunto tem que ser discutido com a população. Nós não podemos fazer como o Uruguai que ao perceber que o parlamento não ia liberar a justiça começou a forçar a barra e o que foi que aconteceu? Fizeram um plebiscito, onde boa parte da população disse não e mesmo assim liberaram e até alegaram que isso melhoria a Educação com a arrecadação dos impostos. E aí, depois de um tempo, o que era tráfico virou contrabando e lá todo mundo planta, vende Cannabis e não paga nada de impostos. O país virou uma nação narcotraficante”, argumentou.
Passeata
Antes de encerrar, o parlamentar comentou sobre a realização de uma passeata alusiva ao Dia Internacional de Combate às Drogas. “No próximo dia 26 iremos fazer uma passeata no Centro de Aracaju e convido a todos para participar com o intuito de alertar a população contra esse mal que é uma pandemia muito maior que o coronavírus. As drogas não são brincadeira e estão tomando conta da nossa sociedade sejam lícitas e ilícitas. Precisamos lutar contra isso, porque o vício é uma doença que mata, prejudica e destrói as famílias”, concluiu Capitão Samuel.
Foto: Jadilson Simões