Por Paulo Santos/ Agência de Notícias Alese
Na sessão plenária na manhã desta terça-feira, 14, na Alese, a deputada estadual Linda Brasil (PSOL), usou a tribuna durante o grande Expediente na defesa dos artesãos e artesãs sergipanos, que comercializam seus trabalhos em frente ao Centro de Arte e Cultura J’ Inácio. A parlamentar defendeu ainda a luta e demandas de comunidades quilombolas do povoado Brejão dos Negros, no município de Brejo Grande.
Na oportunidade, a parlamentar disse que conversou com alguns artesãos e artistas, no último sábado. “Conversei com alguns artistas que comercializam em frente ao prédio sem qualquer tipo de apoio estrutural. Estão vendendo seus produtos em bancos, e durante o Projeto Verão não tiveram iluminação para expor os seus trabalhos. Um total descaso com a cultura de nosso Estado”, afirmou a deputada.
Visita a território Quilombola
Em visita a algumas comunidades no município de Brejo Grande (Carapitanga, Brejão dos Negros, Santa Cruz e Resina), no Baixo São Francisco, na última sexta-feira, 10, a parlamentar disse que queria entender mais de perto as demandas, realidades e as lutas dessas comunidades tradicionais.
“Ouvi relatos impactantes quanto aos ataques aos territórios quilombolas de Brejão dos Negros, que têm se intensificado nos últimos seis anos, com a expansão da carcinicultura do município, que tem se dado a partir do que observamos e dos relatos das comunidades e da total destruição de seus manguezais”, disse Linda.
A parlamentar relatou ainda que a construção dos viveiros de camarão prejudica a mulher marisqueira, que tem no manguezal o seu principal local de trabalho e sustento para suas famílias. “Os manguezais são de total importância para a reprodução das espécies manejadas na pesca artesanal, verdadeiros berçários locais de reprodução de diversas espécies. Os quilombolas querem a titulação das terras que formam seu território, para conseguir frear a destruição da vegetação nativa”, afirmou Linda.
O deputado estadual Garibalde Mendonça (PDT), também se somou a luta dos artesãos e artesãs sergipanos. “Também fui procurado por esses artistas e acho um absurdo ver o Centro fechado e se deteriorando”, disse Garibalde.
Foto: Jadilson Simões