Por Shis Vitória/Agência de Notícias Alese
Na manhã desta quinta-feira (25), durante a Sessão Plenária da Assembleia Legislativa de Sergipe, a deputada estadual Dra. Lidiane Lucena (Republicanos), ocupou a Tribuna para destacar o Dia Nacional da Adoção, celebrado nesta data.
“O dia de hoje é muito importante para mim, 25 de maio é o Dia da Adoção. A adoção realmente mudou a minha vida e para quem não sabe, eu sou mãe de três filhos: Mário, Francisco e João. E um deles, o meu filho mais velho, veio por meio da adoção”, disse.
Na oportunidade, a parlamentar fez uma explanação a respeito do atual cenário de adoção no país. “Criada em 2019, o Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), já tem contabilizado em seu cadastro mais de 11 mil adoções. A ferramenta que integra trabalhos do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), é destaque no monitoramento de crianças e adolescentes, em situação de vulnerabilidade, e que aguardam a efetivação do direito de conviver em família. Uma matéria publicada, em 2022, em seu site institucional, a CNJ informa que somente ano passado, foram concluídas mais de 3,7 mil adoções. Recorde similar também foi contabilizado nas reintegrações, foram mais de 11 mil acolhidos, retornando a convivência com seus pais biológicos, mas ainda sim o órgão revela ser grande a lista de crianças e adolescentes que se encontram nessa fila. Ao todo, mais de 4 mil acolhidos aguardam serem adotados. Desses, cerca de 2,2 mil não conseguem encontrar pretendentes interessados em sua adoção. Entre esses últimos, 21,4% possuem problemas de saúde, 24, 2% algum tipo de deficiência e 85% tem acima de dois anos”, pontuou.
Antes de encerrar, a deputada Lidiane Lucena avaliou a preferência durante o processo adotivo e compartilhou sua experiência familiar. “Para a adoção na maioria das vezes são procurados bebês brancos sem deficiência ou qualquer tipo de problema de saúde. Eu não gosto de me referi como mãe adotiva, porque mãe é mãe de todo jeito. Graças a Deus sou cercada por infinitos exemplos, minha bisavó foi biologicamente mãe de quatro filhos e adotou mais de 15 pessoas (crianças e adolescentes). Amor não tem cara e nem hora, o coração da gente chama. Quando a gente é pai e mãe independe de ser biologicamente, sendo de sangue ou não. Não existe mãe diferente, você é mãe. Eu pedi para meu filho que ele me assistisse hoje e quando a gente conversava sobre adoção, ele mesmo sabe que deu um propósito para a minha vida. Você é meu amor, você é minha vida, meu melhor amigo, me faz muito feliz. Tenho muito orgulho de ser sua mãe”, concluiu.
As declarações ocorreram no Pequeno Expediente da Alese neste dia.
Foto: Jadilson Simões