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Consórcio do Nordeste trará queda em preços de remédios

Por Aldaci de Souza – Rede Alese

Criado em abril de 2019, o Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste terá atuação em várias áreas, entre elas, na Saúde, por meio da aquisição de medicamentos de componentes especializados. Na próxima quarta-feira, 11, será lançado o primeiro edital de compras compartilhadas de medicamentos para os nove estados que formam a região.

Com o consórcio, a expectativa dos entes federativos é de que possam comprar os medicamentos chamados de padronizados (distribuídos gratuitamente nas farmácias e listados pelo Ministério da Saúde), em larga escala, por preços mais acessíveis.

Belivaldo Chagas confiante na atuação do Consórcio Nordeste (Foto: Jadilson Simões)

O governador de Sergipe, Belivaldo Chagas (PSD), afirmou quando da assembleia geral do Consórcio Interestadual de Desenvolvimento Sustentável do Nordeste, realizada mês passado na cidade de Teresina, Piauí, que a ideia é avançar em várias áreas administrativas.

“Isso para podermos gerar compras mais baratas, intercâmbio de boas práticas administrativas, tecnologias, treinamentos e procura de investimentos para toda a região Nordeste. Nosso objetivo é buscar juntos, novos caminhos para que o Nordeste e o Brasil cresçam unidos”, afirma destacando a importância das Parcerias Públicas Privadas (PPPs) principalmente nas áreas da Saúde e da Educação.

De acordo com o líder do governo na Assembleia Legislativa de Sergipe, deputado Zezinho Sobral (PODE), a aquisição de medicamentos em conjunto pelos estados, é de grande importância.

Zezinho Sobral: “Ganho significativo na compra de medicamentos” (Foto: Jadilson Simões)

“Os laboratórios estabelecem distribuidores em cada região e em cada estado, então se você faz uma compra regionalizada, consegue atrair preços melhores porque o distribuidor de Sergipe não é o mesmo de Alagoas, não é o mesmo de Recife, não é o do Ceará e nem do Maranhão e assim sucessivamente”, diz.

Mati-medi

Zezinho Sobral acrescentou que os laboratórios por entenderem ser uma compra que foge da competência de cada distribuidor, o que é contratual, podem diretamente fazer a venda.

 

“Eu acredito que havendo uma compra conjunta, pela possibilidade da participação direta dos laboratórios mesmo sem os representantes, eles podem trazer um ganho significativo na compra dos medicamentos em preço e principalmente na oferta, porque os distribuidores às vezes vendem diversos medicamentos e na falta de pagamento de um fica segurando a entrega dos demais, então o Consórcio Nordeste é bom e pode ser uma aquisição importante para a Saúde, no que se refere à  ‘mati-medi’ (materiais e medicamentos), na compra conjunta do Nordeste”, acredita.

O parlamentar completou que apesar de não conhecer os detalhes do edital que será lançado na quarta-feira, 11, a proposta é interessante. “Mas se o edital está previsto que cada estado pode fazer a sua compra, se os percentuais, as quantidades forem respeitadas, considerando os acréscimos de até 25%, eu tenho esperança de que isso ajude realmente na compra desses materiais”, finaliza.

Levantamento

Além do primeiro edital que será lançado na Bahia, outros deverão estar contemplando os medicamentos oncológicos e antibióticos. E as secretarias estaduais de Saúde já realizaram um levantamento no sentido de identificar as principais necessidades de medicamentos e os gestores dos estados que formam a região Nordeste acreditam que por meio dos editais do Consórcio Nordeste, o abastecimento das farmácias melhore significativamente, podendo chegar aos 100%, além de estimular indústrias e distribuidoras de outros países.

Fotos: Jadilson Simões e Agência Brasil

 

 

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