Por Wênia Bandeira
Passar em um concurso público é um sonho de vida para muitas pessoas e se torna em dedicação exclusiva para a maior parte dos que conquistam a aprovação. A Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) se tornou local de realizações para mais de cem concurseiros, muitos deles que escolheram Sergipe para viver.
A alagoana Simony Ferreira da Silva diz que foi escolhida por Sergipe. Foto: Arquivo Pessoal
Alguns dos convocados do primeiro concurso da Alese transformaram os estudos em estilo de vida, abdicando da vida social para garantir a aprovação. Com isso, conseguem entregar para a Assembleia conhecimento e alegria em estar entre os servidores da Casa.
A alagoana Simony Ferreira da Silva diz que foi escolhida por Sergipe. Ela se mudou para o estado quando o marido, também concurseiro, foi aprovado para trabalhar no Ministério Público da União (MPU).
“Neste concurso havia vagas para sete estados (DF, BA, TO, RO, AC, RR e SP), como começou a surgir vagas para o meu cargo em outros estados, formaram uma lista Nacional, colocando todos os candidatos aprovados nessa lista, meu marido ficou em 35º Nacional, não foi chamado a tempo para Bahia, na lista estadual, quando surgiu a vaga para Sergipe foi questionado se tinha interesse de vir e não titubeei, aceitou, e estamos aqui desde setembro de 2015”, contou.
Ela explicou que vinha estudando para concursos desde então, sempre para a área administrativa. Simony se apaixonou por Aracaju e decidiu procurar por posição pelo estado de Sergipe. “Inicialmente, nossa ideia era voltar para Alagoas assim que meu marido pudesse ser removido, mas fomos gostando da cidade e do acolhimento que tivemos aqui, então comecei a fazer alguns concursos, mas pensando em ficar por aqui. Eu fiz TRF-5 e logo após essa prova em 2017, saiu o edital da ALESE, contemplava todas as matérias que vinha estudando e uma boa quantidade de vagas, então foquei nele, abdicando de outros editais que tinham saído na época”, falou.
A gaúcha Sibila Nussbaumer é mais uma concursada da Alese que escolheu Sergipe para viver. Aprovada em diversos concursos em todo o Brasil, ela explicou que procurava por qualidade de vida e, por este motivo, se tornou moradora de Aracaju. “Eu ia acompanhando os concursos que tinha no Nordeste. Eu olhei alguns lugares que eu gostaria de morar e aqui foi um deles. Por ser uma capital que não é tão grande e tem a praia. Além disso, por ser do Poder Legislativo, a Alese me chamou muito a atenção, é um órgão bom para trabalhar”, afirmou Sibila.
Ela esteve em vários órgãos no Rio Grande do Sul e também na Paraíba, antes de chegar a Sergipe. A concursada da Alese falou que está muito feliz em poder estar no lugar que escolheu para sua vida.
Realizações na Alese
O trabalho na Alese vem sendo exatamente o que Simony e Sibila esperavam para suas vidas. Além do desempenho de suas funções, elas explicaram que foram muito bem recebidas pelos servidores que já atuavam na Casa.
“Eu tenho amado o trabalho e o ambiente, acho que me encaixei perfeitamente na ELESE (Escola do Legislativo), pois é da área de RH. Eu curso Psicologia e trabalhar com cursos e palestras é um dos meus objetivos, tenho aprendido bastante”, disse Simony.
O atual momento que vivemos, com a quarentena imposta pela pandemia do Novo Coronavírus não vem sendo um problema para o desempenho das funções. “Apesar da pandemia, que nos deixa receosos quanto ao trabalho presencial, eu tenho adorado ir ao trabalho, pois senti que está sendo útil na promoção do aperfeiçoamento dos servidores da casa e do público externo”, acrescentou Simony.
Sibila foi empossada no cargo durante a pandemia. Ela já chegou trabalhando em forma de rodízio para manter o distanciamento social e a segurança que o momento exige para evitar a contaminação. “Os eventos estão voltando a acontecer devagar por causa da quarentena. Agora estou começando a sentir como é bom trabalhar com esse pessoal do cerimonial”, declarou Sibila.
Primeiro concurso
Realizado em 2018, este foi o primeiro concurso da história da Alese. Foram ofertadas 96 vagas em 17 cargos para níveis de ensino médio e superior, entre técnicos e analistas legislativos.
A mesa diretora convocou 107 aprovados, superando o número de vagas devido às desistências de candidatos. Desta forma, foi garantido que todos os setores da Assembleia fossem contemplados com suas demandas por novos servidores.
Foto: Jeová Luiz
