Aprovada na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), a Lei nº 8.075/2015, institui, no Calendário Oficial de Eventos do Estado, a Semana de Prevenção e Combate à Depressão, devendo ser realizada no final de agosto. Nesta terça-feira (27), celebra-se o Dia de Combate à Depressão. Informações do Ministério da Saúde mostram a prevalência da doença no Brasil, em torno de 15,5%, considerado um dos países mais ansiosos do mundo.
Especialistas no tratamento da depressão, a exemplo de clínicos gerais, psicólogos, psiquiatras, psicanalistas e terapeutas ocupacionais apostam na importância da conscientização da população por meio de uma maior observação dos sinais que podem aparecer tanto em idosos, como em crianças, adolescentes e jovens.
De acordo com o texto da lei, o Poder Executivo deve incentivar a realização de debates e palestras no âmbito da sociedade civil para esclarecer os riscos e as consequências que o problema abrange, além de elaborar políticas públicas que ajudem as famílias a conhecer e a se preparar para lidar e ajudar, de forma correta, o indivíduo com sintomas; apresentar e esclarecer os locais públicos disponíveis que possam auxiliar no conhecimento e tratamento da doença e combater o preconceito que circunda sobre os portadores dos sintomas por meio do seu esclarecimento e conscientização das consequências que acometem aqueles que a sofrem.
Depressão
Classificada como uma doença psiquiátrica que afeta o emocional da pessoa, os principais sintomas são ansiedade, angústia, tristeza profunda, falta de apetite, desânimo, pessimismo e isolamento. O diagnóstico geralmente é feito por um médico clínico geral, após ouvir relatos dos pacientes e resultados de exame mental. E em seguida, os pacientes são encaminhados a especialistas como psicólogos, psiquiatras e terapeutas ocupacionais.
A prevenção deve ser feita por meio de uma dieta equilibrada; a prática de atividade física regular; o combate ao estresse, o não consumo de álcool e de drogas ilícitas; a diminuição da cafeína; além de ter uma rotina de sono regular, de terapias e da não interrupção do tratamento sem orientação médica. Cerca de 90% dos pacientes conseguem superar o problema com a ajuda de antidepressivos.
Tratamento
A Atenção Primária à Saúde (APS) é a porta de entrada para o acolhimento e encaminhamento dos pacientes ao tratamento adequado. Em Sergipe, 35 municípios possuem o serviço de atendimento especializado nos Centros de Atenção Psicossocial (Caps). A Rede de Saúde Mental, disponibiliza serviços de saúde que contam com atendimento multidisciplinar, além de realizar ações sobre a importância do cuidado com a saúde mental no dia a dia e dos acompanhamentos nas Unidades Básicas de Saúde.
Os usuários do Sistema Único de Saúde (SUS) também podem ter acesso, em caso de necessidade de urgência de saúde mental, ao Hospital São José, em Aracaju.
Foto: Divulgação Terra/Shutterstock /Saúde em Dia