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Cia de Arte Alese encena Maria da Penha: uma história de luta

Por Aldaci de Souza – Agência Alese de Notícias

A esquete  “Maria da Penha: uma história de luta”, foi encenada na tarde desta quinta-feira, 27, pela Cia de Arte Alese. no Instituto Cultural e Esportivo de Sergipe, localizado no Povoado São Braz, município de Nossa Senhora do Socorro. Participaram da apresentação, mulheres que fazem parte do projeto Unanda, desenvolvido pela entidade.

Tema prendeu a atenção das mulheres

Na plateia, mulheres de todas as idades, atentas ao tema abordado numa linguagem simples e informativa, sobre a violência doméstica. Muitas não conseguiram conter as lágrimas numa nítida demonstração de que no dia a dia, sentem na pele e na alma tudo o que foi encenado. “É como se os atores soubessem exatamente o que se passa na minha casa”, disse D. Rosita Alves  chorando (nome fictício usado para preservar a identidade da vítima).

Em apenas oito minutos, o elenco da Cia de Arte Alese, formado pelas atrizes Talita Calixto, Lidhiane Lima, Edhen Brísio e Felipe Mascarello passaram o recado, mostrando os principais artigos da Lei Maria da Penha no combate à violência contra a mulher e a necessidade de denunciar para que os agressores sejam punidos.

 

Ator Felipe Mascarello destacou a importância da esquete

“A gente trouxe uma temática muito importante pra elas, que é a violência doméstica, um assunto que tem que ser levado em consideração e seria importante que tivéssemos um público de homens também, porque são os principais responsáveis pela situação, mas é muito importante que as mulheres tenham conhecimento do que diz a legislação além de saberem que podem contar com o apoio umas das outras”, observa o ator Felipe Mascarello.

Projeto

O presidente do Instituto Cultural e Esportivo de Sergipe, Givanildo Santana contou que a entidade começou a funcionar com a criação do projeto Pescando Memórias e segundo ele, o Unanda é desenvolvido junto às mulheres vítimas de violência no povoado São Braz e outras regiões do município de Nossa Senhora do Socorro.

Givanildo Santana com a esposa Isabela e o elenco da Cia de Arte Alese

“Atualmente temos 120 mulheres cadastradas que participam de palestras, oficinas de confecção de sandálias e de arte em madeira, além de atividades físicas para trabalhar a autoestima e saúde do corpo e da mente. Temos uma parceria com o Poder Judiciário local, a terceira Vara Criminal e hoje estamos recebendo a Cia de Arte Alese para falar sobre a Lei Maria da Penha, o que pra gente é de muita valia, pois mostra pra elas através da arte o que muitas estão passando dentro de casa mas não percebem e através do teatro, entenderão melhor o que diz a Lei Maria da Penha”, ressalta Givanildo que desenvlve os projetos juntamente com a esposa Isabela Santana.

Fotos: Jadilson Simões

 

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