Por Aldaci de Souza
O acervo em braille é mais uma novidade na reestruturação da Biblioteca Marcelo Déda, da Escola do Legislativo de Sergipe (Elese), localizada no Palácio Graccho Cardoso, em Aracaju, em atendimento à política nacional de acessibilidade e inclusão social.
A Biblioteca da Elese conta com várias obras em braille, devendo aumentar as aquisições nos próximos dias. Entre as edições disponíveis para as pessoas com deficiência visual, estão, a Lei Orgânica do Município de Aracaju, a Constituição do Estado de Sergipe, a Legislação Federal sobre o Servidor Público, a História do Senado Federal, livros sobre a Administração Pública e diversos títulos da literatura nacional.
De acordo com o analista e biblioteconomista Celson Iris da Silva, responsável pelo espaço, a ideia é levar cada vez mais, as pessoas com necessidades visuais para o mundo da informação. “O objetivo é desenvolver um trabalho no sentido de incluí-las. Vamos inclusive mudar o acesso da Sala de Leitura, colocando uma rampa para facilitar as pesquisas feitas pelos cadeirantes”, destaca.
Sistema Braille
O Sistema Braille (criado em 1825 pelo francês Louis Braille, cego aos 16 anos), é baseado na combinação de seis pontos, dispostos em duas colunas de três pontos, que permite a formação de até 64 caracteres diferentes e é considerado um código universal, adaptável a praticamente qualquer idioma, e que garante o exercício pleno da cidadania e a inclusão social por meio do acesso e produção do conhecimento.
No Brasil, o braille foi adotado a partir de 1854, com a criação do Imperial Instituto dos Meninos Cegos, atualmente, Instituto Benjamin Constant com sede no Rio de Janeiro.
Muitas bibliotecas do país já utilizam o Sistema Braille nos acervos, com a finalidade de garantir o exercício pleno da cidadania e a inclusão social através do acesso e produção do conhecimento. Em Aracaju, a Biblioteca Epiphânio Dórea e a Biblioteca Clodomir Silva possuem acervos com várias obras didáticas e literárias na forma de livros, revistas, revistas, fitas e CDs à disposição das pessoas com deficiência visual.
Fotos: Jadilson Simões