Milton Alves Júnior | Agência de Notícias Alese
Em alusão ao Dia Internacional e Nacional da Síndrome de Down, o plenário da Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese), recebeu na tarde desta terça-feira (21), representantes da sociedade civil para debater assuntos relacionados a esta condição genética que atinge – conforme revelado pelo último Censo do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) –, mais de 300 mil casos confirmados em todo o país. A audiência foi realizada por intermédio de autoria protocolada pelo Deputado Georgeo Passos (Cidadania).
“Seja nesta data simbólica, como também nos demais dias do ano, a Assembleia Legislativa jamais poderia estar ausente em torno desta causa. Para se ter ideia, ainda nos deparamos com situações que nos preocupa bastante, a exemplo da falta de oportunidades de emprego e de vagas em escolas. Abrimos mais uma vez as portas da Alese para ouvir a todos, e trabalhar por uma sociedade mais respeitosa e justa”, destacou o deputado. Entre as organizações não governamentais presentes na audiência estava o Projeto Estrelas do Mar.
Criado no ano de 2011, o trabalho social é administrado pelo Sargento Byron e já desenvolveu atividades pedagogas e desportivas com mais de 200 alunos. “Mais uma vez a Assembleia deu voz às pessoas com Síndrome de Down. Isso é bastante gratificante e nos provoca certo alívio quando pensamos na busca por políticas públicas voltadas para a inclusão. Precisamos fazer com que cada uma dessas pessoas sejam vistas como comuns, capazes de trilhar naturalmente suas vidas e serem protagonistas de uma história sem obstáculos. Nenhum deles é inferior a ninguém”, avaliou Byron.
Além de Georgeo Passos, entre os parlamentares presentes estava o deputado Marcos Oliveira (PL), e as deputadas Linda Brasil (PSOL), Carminha Paiva (Republicanos), e Lidiane Lucena (Republicanos).
Data representativa
O Dia Internacional da Síndrome de Down, comemorado em 21 de março, é uma data de conscientização global para celebrar a vida das pessoas com a síndrome e para garantir que elas tenham as mesmas liberdades e oportunidades que todas as pessoas. É oficialmente reconhecida pelas Nações Unidas desde 2012. A data escolhida representa a triplicação (trissomia) do 21º cromossomo que causa a síndrome. A Síndrome de Down (SD) é uma alteração genética presente na espécie humana desde sua origem. Foi descrita há 150 anos, quando John Langdon Down, em 1.866, se referiu a ela pela primeira vez como um quadro clínico com identidade própria.
Desde então, se tem avançado em seu conhecimento, ainda que existam mecanismos íntimos a descobrir. Em 1.958, o francês Jérôme Lejeune e a inglesa Pat Jacobs descobriram a origem cromossômica da síndrome, que passou a ser considerada genética. A SD é a primeira causa conhecida de discapacidade intelectual, representando aproximadamente 25% de todos os casos de atraso intelectual, traço presente em todas as pessoas com a síndrome. Estima-se que no Brasil ocorra 1 em cada 700 nascimentos; no mundo, a incidência estimada é de 1 em 1 mil nascidos vivos.
A Organização Mundial da Saúde esclarece que a Síndrome de Down não é uma doença e, sim, uma condição genética inerente à pessoa, porém, está associada a algumas questões de saúde que devem ser observadas desde o nascimento da criança.
Fotos: Joel Luiz
