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Audiência Pública: Fibromialgia é tema de debate na Alese

Por Stephanie Macêdo- Agência Alese

Audiência Pública abre discussão sobre temas relacionados a Fibromialgia e sobre a elaboração de políticas públicas em prol dos fibromiálgicos. O evento, que ocorreu no Plenário da  Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), na manhã desta segunda-feira, 23 de maio, foi promovido pela deputada estadual Kitty Lima (Cidadania).

Autora de Lei Estadual sobre a Semana da Fibromialgia, Kitty Lima presidiu mesa de debates

Com o tema ‘Fibromialgia em Foco: Conscientização, tratamento e humanização’, a audiência faz parte da ‘Semana Estadual de Conscientização da Fibromialgia em Sergipe”, evento criado por meio de Lei Estadual de nº Nº. 8.625, de 2019, que determina realização de campanha semanal, no período que contempla o dia 12 de maio – data que celebra o Dia Mundial da Fibromialgia. Entre as atribuições previstas na matéria, está a realização de atendimento preferencial aos portadores de fibromialgia por parte das empresas públicas e concessionárias ligadas à saúde.

Debates

Participaram como palestrantes na audiência, a fisioterapeuta, professora doutora Josimari de Santana, que é especialista em Dor pela Sociedade Brasileira para o Estudo da Dor;  a enfermeira Flávia Suelane Pereira Souza, representante da Associação Nacional de Fibromiálicos e Doenças Correlacionadas;  e a médica Alejandra Debbo,  formada pela Universidad Nacional de Tucumán e que possui experiência em acompanhamento e tratamento de pacientes com manifestações musculoesqueléticas pós-febre chikungunya.

Segundo dados da Sociedade Brasileira de Reumatologia, a Fibromialgia (FM) é uma condição que se caracteriza por dor muscular generalizada, crônica (dura mais que três meses), mas que não apresenta evidência de inflamação nos locais de dor. Ela é acompanhada de sintomas típicos, como sono não reparador (sono que não restaura a pessoa) e cansaço. Pode haver também distúrbios do humor como ansiedade e depressão, e muitos pacientes queixam-se de alterações da concentração e de memória. A FM é bastante comum, afetando 2,5% da população mundial, sem diferenças entre nacionalidades ou condições socioeconômicas. Geralmente afeta mais mulheres do que homens e aparece entre 30 a 50 anos de idade.

A médica Thamires Vieira que também participou do debate, apresentou a técnica Ayurveda

De acordo com o que colocou a médica Alejandra Debbo (que contribuiu com os debates por meio de um vídeo gravado), a doença exige um tratamento multidisciplinar, que envolve além de atividades físicas, o acompanhamento de um psicoterapeuta, principalmente se o paciente tiver filho. ” Não se deve fazer apenas o uso de medicação, é necessário um tratamento multidisciplinar, com atividades física”.

A enfermeira Flávia Suelane, que é fibromiálgica desde 2013, narrou sua experiência como paciente que é. Ela contou que observa a ausência do Estado na efetivação de política públicas que atendam a quem tem a doença. ‘Embora tenha o Decreto, não temos a Carteira de Identificação da Pessoa com Fibromialgia”, reclama. A CIPF visa facilitar o atendimento preferencial às pessoas com fibromialgia nos órgãos públicos, empresas públicas, empresas concessionárias de serviços públicos e empresas privadas.

Essa garantia é amparada pelo Decreto Estadual nº 40.774/2021, que regulamenta a Lei nº 8.625/19 sobre a obrigatoriedade de atendimento prioritário aos portadores de fibromialgia, bem como institui a campanha anual de conscientização com a ‘Semana Estadual de Conscientização sobre a Fibromialgia’ – lei de iniciativa da deputada Kitty Lima.

A fisioterapeuta, pós-doutora em Neurociência da Dor, pela University of Iowa, nos Estados Unidos, Josimari de Santana

A fisioterapeuta, pós-doutora em Neurociência da Dor, pela University of Iowa, nos Estados Unidos, Josimari de Santana, salienta que não há exames que identifique a doença, sendo o descarte de outros sintomas para o real diagnóstico. “O diagnóstico é eminentemente clínico. A doença traz alterações reais do sistema nervoso, inclusive com  atrofia da massa. Ela revela que a doença foi reconhecida no ano de 1970, contudo, somente foi assumida pelo SUS no ano de 2012.

A médica Thamires Vieira que também participou do debate, apresentou a técnica Ayurveda como alternativa de tratar a doença, baseado no equilíbrio do corpo, mente e espírito. Admite que a doença é de difícil tratamento, mas que a técnica permite desintoxicar os canais fisiológicos por meio de massagens, oleação, dieta e exercício.

Autora da propositura  a deputada Kitty Lima falou sobre a conscientização da Fibro, destacada na Lei Estadual da Semana da Fibromialgia em Sergipe, mas destacou, sobretudo, sobre as prioridades que os pacientes devem ter diante do desenvolvimento da doença.

A enfermeira Flávia Suelane, fibromiálgica desde 2013.

” A dor que o paciente que tem fibromialgia sente é intensa. Temos uma Lei aprovada pela Casa e sancionada que fala dessa conscientização.E para além dessa conscientização, queremos que o paciente fibromiálgico tenha prioridade em filas. As pessoas, às vezes, estão em filas enormes e com tanta dor! E é mais que justo que elas tenham direito a essa prioridade, a lei fala sobre isso. Mas ainda não se tem esse conhecimento, por parte dos estabelecimentos”, explicou. 

 

Fotos: Jadilson Simões

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