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“Atestado de incompetência”, diz Kitty Lima sobre orientação da gestão de Edvaldo Nogueira para não alimentar gatos em situação de rua

Por Assessoria Parlamentar

A deputada estadual Kitty Lima (Cidadania) usou a tribuna da Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese) durante a sessão ordinária desta terça-feira, 20, para cobrar mais uma vez do prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, sensibilidade, respeito e cumprimento às políticas públicas voltadas à causa animal. A parlamentar fez duras críticas à gestão do prefeito após orientação feita à população para não alimentar animais em situação de rua na região do mercado do bairro Augusto Franco.

Em uma reportagem veiculada por uma emissora de TV sobre a quantidade de gatos que vêm crescendo no local, e sobre o que a Prefeitura Municipal de Aracaju (PMA) pode estar fazendo para controlar o aumento dessa população, a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) pediu para que as pessoas não alimentem os animais, acreditando assim que desta forma os animais sumirão da região.

Para Kitty Lima, que condenou veementemente a orientação, o posicionamento da PMA mostra o grande e preocupante despreparo da gestão quanto às políticas públicas voltadas à causa animal.

“Eu estou de saco cheio de mandar recado para o prefeito Edvaldo Nogueira em relação a causa animal. Se a gestão tivesse o mínimo de competência ela não daria uma resposta dessa em uma reportagem de grande repercussão. A falta de comida não vai fazer com que os animais vão embora porque eles estão acostumados com aquela área, é mais fácil eles morrerem de fome ou vítimas de doenças adquiridas por problemas de saúde causados justamente pela falta de alimentação”, explica Kitty.

O elevado número de animais em situação de rua é considerado um dos principais fatores que propiciam a proliferação de zoonoses. Sem se alimentarem direito, esses animais ficam com a saúde fragilizada e, consequentemente, mais suscetíveis a contraírem e disseminarem doenças.

Segundo dados oriundos de estudos acadêmicos, no Brasil, há cerca de um cão para cada quatro habitantes, e um gato para cada 14. Vale ressaltar que a reprodução desenfreada traz inúmeros prejuízos à população, uma vez que cerca de 10% desses animais estão abandonados e acabam sendo portadores de doenças como a raiva, leishmaniose e leptospirose, por exemplo, que atingem também a saúde dos humanos.

Durante seu pronunciamento, Kitty Lima lembrou que para frear o aumento descontrolado de animais e, por tabela, de casos de zoonoses, o primeiro passo é promover a castração, e reforçou que animal bem alimentado e sinônimo de animal saudável.

“Vou ensinar a Edvaldo Nogueira, que se diz amante e protetor de animais, que a primeira coisa a se fazer em uma situação como essa no mercado é castrar os animais, que por sinal já é uma política pública em Aracaju graças à Lei da Castração, de minha autoria, mas que sua gestão não a coloca em prática. Por que não usa a equipe do Centro de Zoonoses para capturar esses animais e castrar? O segundo passo é conseguir um lar para esses bichos que se encontram saudáveis e castrados, aptos para adoção, e quanto a isso eu me comprometo em conseguir adoções responsáveis para todos os animais”, afirmou a deputada.

A falta de um abrigo público ou casa de passagem para animais resgatados e castrados pelo poder público reforça, para a parlamentar, o descaso da gestão com a causa animal.

“Há tanto tempo no poder e Edvaldo nunca construiu ou disponibilizou um espaço para animais nessas condições, ficando tudo nas costas dos protetores independentes. A prefeitura tem condições de fazer essas castrações, existe o castramóvel para isso, mas para o prefeito é mais facil pedir para a população parar de alimentar os animais e colocar toda uma cadeia em risco. Isso é um atestado de incompetência”, criticou Kitty.

Lei da Castração

Aprovada em 2017, Lei da Castração representa um marco histórico tanto para a causa animal, uma vez que a iniciativa determina a castração como método oficial de controle populacional, quanto para a população de Aracaju, já que ela auxilia no combate a proliferação de zoonoses na capital.

O texto regulamenta ainda o uso e atuação da principal ferramenta de castração, o Castramóvel, uma espécie de centro cirúrgico móvel de saúde animal para atuar em diversos bairros de Aracaju de acordo com um cronograma pré-definido de regiões, elaborado pela PMA, afim de atender a população de baixa renda que não possui condições financeiras para arcar com as despesas da castração do seu animal doméstico.

O castramóvel também foi idealizado com o intuito de castrar animais em situação de rua, evitando assim a proliferação descontrolada de cães e gatos na capital.

Foto: Divulgação Ascom

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