Por Assessoria Parlamentar
Em entrevista à rádio Fan FM, na noite dessa quinta-feira, 15, a deputada estadual Linda Brasil (Psol) falou sobre sua trajetória pessoal e política em Sergipe. Em pouco mais de uma hora de entrevista a parlamentar contou sobre a sua história, seu início nos movimentos sociais, destrinchando os processos eleitorais que a consagraram como a vereadora bem mais votada em Aracaju, nas eleições de 2020, e a deputada estadual bem mais votada novamente na capital sergipana em 2022. Na ocasião, a deputada discorreu sobre as construções políticas para o processo de eleições em 2024.
Linda explicou que está à disposição do povo de Aracaju para ser candidata. “Eu tenho visto as pesquisas que estão saindo, tenho escutado o apelo das pessoas para que eu seja candidata a prefeita de Aracaju e atribuo esse apelo popular à minha forma de fazer política. Eu faço política com verdade, com coragem, e quando a gente faz política dessa forma o povo compra o nosso projeto e se coloca como defensor, foi por isso que eu fui eleita com maioria de votos disputando com mais de 700 candidatos”, analisa.
Decisão da direção do Psol
Sobre a decisão da direção do Psol, de escolher pela pré-candidatura da advogada Niully Campos, Linda falou sobre o processo histórico do próprio partido, de indicar as candidaturas após a escolha através de discussão ampla, respeitando, principalmente, as reivindicações da militância, diferentemente do que ocorreu este ano dentro do partido. “O que eu questionei ao meu partido, e é por isso que continuo me colocando à disposição, é a forma como foi feita a escolha da candidatura. Como é que meu nome aparece nas pesquisas, a esquerda reconhece que é uma candidatura que a representa, e essa decisão é tomada sem se ouvir a militância e sem ouvir o apelo das pessoas de Aracaju que estão reivindicando a minha candidatura?”, questiona a parlamentar.
Linda citou como exemplo o caso do deputado federal Guilherme Boulos, em São Paulo, que é o candidato do Psol citado nas pesquisas para a disputa da prefeitura da cidade e ele foi naturalmente indicado pelo partido. A deputada expressa que é uma questão de “lógica e bom senso” que o partido indique uma candidatura que está sendo reivindicada pelo povo.
Continua com nome à disposição
No mês de janeiro, diversas manifestações de apoio à candidatura de Linda surgiram, inclusive um manifesto, organizado pela sociedade civil, que reuniu mais de 600 assinaturas em menos de uma semana.
A deputada atribui o bom posicionamento do nome dela para as eleições ao reconhecimento da sua trajetória política, principalmente à frente das lutas em defesa da classe trabalhadora, dos direitos humanos, no combate às desigualdades sociais, por mais inclusão e pelo acesso democrático à cidade.
A parlamentar deixou claro que respeita a decisão da direção do partido, mas continua com o nome à disposição. “A decisão final só vai acontecer nas convenções partidárias, em julho, daqui até lá muitas águas vão rolar e por isso eu sigo à disposição para ser candidata, pois meu nome é o único que poderia crescer e disputar um possível segundo turno”, defende Linda.