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Arraiá da Alese atrai sergipanos e turistas na segunda noite de apresentações

22/6/2022

Por Aldaci de Souza/Assembleia Legislativa de Sergipe

A segunda noite do Arraiá da Alese na terça-feira, 21, reuniu sergipanos e turistas durante a apresentação das principais quadrilhas juninas de Sergipe: Unidos em Asa Branca, Século XX e Todos em Asa Branca.  O evento é uma organização da Diretoria de Comunicação da Assembleia Legislativa de Sergipe em parceria com a Liga de Quadrilhas de Aracaju e Sergipe (LIQUAJUSE), em comemoração aos 18 anos da TV Alese.

Marcador Joel Reis

A primeira quadrilha a se apresentar foi a Século XX, com o marcador Joel Reis, tendo como presidente Maria Valéria. Com o tema: “Nordestino sim, nordestinado não!!” e 58 anos de fundação, é a mais antiga do estado de Sergipe em atividade e a quarta mais antiga do Brasil. Entre os títulos conquistados estão: Hexacampeão da TV Atalaia, melhor marcador do Brasil no Concurso Nacional de Quadrilhas Juninas em 2013; campeã do Sesc Socorro, do Gonzagão, do Centro de Criatividade e da Rua São de João em 2017.

De acordo com o marcador José Reis, a quadrilha junina Século XX, propõe uma revolução encabeçada pela líder de um grupo de andarilhos onde, de forma satírica, a proposta é imaginar o nordeste separado do resto do país (Imagine o Brasil ser dividido é o nordeste ficar independe). O trabalho consiste em abordar a nordestinidade e a auto-suficiência a partir dos valores da região do nordeste enfatizando as principais qualidades que irão contracenar com o pensamento de diversos entusiastas, artistas e ativistas da região.

Quadrilha Todos em Asa Branca

“A quadrilha Século XX foi fundada por meu pai e hoje temos 15 pares de cada lado compondo o grupo. A iniciativa do Arraiá da Alese é muito importante pois abre mais um espaço para a gente que ama a Cultura, gosta de dançar o São João e as quadrilhas e passamos dois anos sem nos apresentar e graças a Deus estamos aqui para contar história e mostrar o que Sergipe tem de bonito e alegre”, ressalta Reis como é conhecido, acrescentando que a apresentação reforça as potencialidades econômicas e culturais da região; o trabalho copila com bom humor uma série de reflexões que resgatam a autoestima e cultura nordestina, rica em estética e costumes próprios, evidenciando os impactos sociais, econômicos e culturais que o nordeste agrega para o Brasil. 

A segunda quadrilha a se apresentar foi a Todos em Asa Branca, fundada no dia 31 de março de 2004, tendo como presidente e marcador Ailton Santos Nascimento. Em 2022, o tema faz um questionamento: VAI TER SÃO JOÃO?.

Unidos em Asa Branca

“A temática busca enfatizar a saudade dos brincantes pelo São João durante esse período de pandemia. A quadrilha conta a história de um senhor, amante do São João, que em um sonho relembra a alegria de viver os festejos juninos e o momento mágico em que conheceu o grande amor da sua vida. Após esse sonho, e em meio a essas incertezas trazidas pela pandemia surge a grande questão, esse ano VAI TER SÃO JOÃO?”, conta Ailton Santos.

A terceira apresentação da noite foi da quadrilha junina Unidos em Asa Branca, cujo presidente é o jornalista da TV Alese, Marcos Borges. Com o tema: O que de valioso eu trago em mim?, o grupo mostrou que a arte de viver é sem dúvidas uma descoberta diária, ressaltando os segmentos que embalam a vida, revisitando segmentos adormecidos pelo pesadelo vivido nos últimos anos de pandemia da Covid-19.

Diretor de Comunicação da Alese, Irineu Fontes

“A Unidos em Asa Branca tem 42 anos e 102 integrantes; formando 140 pessoas no total e estamos trazendo esse ano o tema  O que de valioso eu trago em mim? que fala um pouco desse período de dificuldades vividas com a pandemia, mas que com muita fé e esperança a gente conseguiu retomar essa alegria de comemorar os festejos juninos. Estamos trazendo esse misto de dificuldades, mas que com persistência e cumplicidade de todos, conseguimos dar a volta por cima e retomar com muita festa e com muita alegria”, destaca enfatizando a iniciativa do Arraiá da Alese para que os gestores se integrem a essa Cultura para que as quadrilhas tradicionais não morram por falta de incentivo.

Entre as dezenas de pessoas presentes, uma família de turistas do Rio de Janeiro. Segundo Mariana de Freitas, que veio trazer a avó sergipana (Ana Rozita) para matar a saudade do tempo que morou em Sergipe e acompanhava as apresentações das quadrilhas juninas. “Eu sou do Rio e vim traze minha vozinha porque ela ama as quadrilhas. Estou muito emocionada e amando pois tá tudo muito bonito. Minha avó nasceu aqui e viveu boa parte da vida; foi para o Rio mocinha, casou e teve minha mãe e agora viemos visitar os familiares sergipanos e aproveitamos para participar do Arraiá da Alese”, afirma.

Marcos Borges, presidente da Unidos em Asa Branca

O diretor de Comunicação da Alese, Irineu Fontes destacou que, como a TV Alese é a mais cultural do estado, nasceu a ideia juntamente com a Liga de Quadrilhas Juninas para a realização do Arrial visando beneficiar um setor que foi muito massacrado durante a pandemia. “São várias pessoas envolvida e é um setor que coloca dinheiro no estado; o presidente Luciano Bispo que tem essa visão de desenvolvimento , emprego e renda, aceitou esse momento de apresentações de nove quadrilhas durante três dias aqui na Praça Fausto Cardoso”, afirma Irineu.

O brilho das vestimentas se misturou facilmente ao olhar atento de D. Ana Rozita Freitas, 94 anos. Ao lado do irmão, filha, neta e sobrinhos, ela não desgrudou um momento sequer da grade de proteção, relembrando os tempo de mocinha assistindo as apresentações.

 

“Eu estou gostando muito, voltando às minhas origens aqui em Sergipe. Estudei no Colégio Atheneu Sergipense e no Colégio Tobias Barreto. Eu era professora, fui passar umas férias no Rio de Janeiro e estou lá até hoje. Estou encantada com as quadrilhas que estão se apresentando”, diz visivelmente emocionada.

Fotos: Jadilson Simões

 

 

 

 

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