Por Milton Alves Júnior | Agência de Notícias Alese

Fundado no século XX com raízes constitucionais datada em 16 de junho de 1848, o Arquivo Público do Estado de Sergipe (Apes) completa neste domingo (15), exatos 100 anos de múltiplos serviços destinados ao fortalecimento da cidadania. Para se ter ideia básica desta representatividade, em seu interior estão contidos mais de 2 milhões de registros administrativos e históricos; cerca de seis mil obras bibliográficas em sua biblioteca; e em torno de 2.600 fotografias e negativos no Acervo Iconográfico. Todo esse aparato, capaz de nos proporcionar uma pesquisa coesa sobre a história da menor Unidade Federativa do Brasil, se tornou possível após o Arquivo ter sido institucionalizado pela Lei nº 845, de 15 de outubro de 1923, no governo Graccho Cardoso.

Apresentado por pesquisadores como um dos três principais abrigos de conteúdos históricos em Sergipe, suas galerias contemplam narrações textuais, por exemplo, da chegada dos jesuítas com a missão de catequizar os povos originários; o processo de gestão pública conduzida por Sebastião José de Carvalho e Melo, Marquês de Pombal, sob as orientações da então Coroa Portuguesa, bem como os trabalhos produzidos já neste período pós pandêmico (Covid-19). No contexto geral, o acervo do Apes possui um universo documental da Emancipação Política de Sergipe, versando sobre as histórias da Administração do Estado, da Assembleia Provincial, da História do Império do Brasil e suas ramificações em Sergipe, do Regime Republicano no país e no estado, a História da Escravidão, processos, inventários e testamentos, além de listagens eleitorais.

Na manhã da última terça-feira (10), em alusão ao centenário da instituição pública, foi realizada uma solenidade a qual contou com a presença de administradores do espaço, ex-gestores, professores, pesquisadores, acadêmicos e do quinteto de cordas da Orquestra Jovem de Sergipe. Terezinha Oliva, historiadora e pesquisadora que se tornou a primeira mulher presidente do instituto foi uma das homenageadas. “Tenho a alegria imensa de ter participado da fase de reconstrução deste espaço com a professora Beatriz Góis, responsável por me iniciar nesse campo; sou eternamente grata por cada incentivo recebido. Tenho também orgulho de acompanhar como funcionária, diretora, pesquisadora e professora a manutenção do nosso Apes. Um local que respira história e cidadania”, destacou.

Parceria cidadã

Eduardo Almeida, Assessor Dircom

A Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese) passa a colaborar com o impulsionamento histórico deste espaço educativo. Durante a solenidade especial, foi lançada uma parceria com Casa Legislativa Estadual, por intermédio da Diretoria de Comunicação. Sob as lentes da TV Alese, será exibido o projeto: ‘100 anos do Apes na TV Alese’, que publicará vídeos e um documentário ao longo do centenário da instituição. O Arquivo Público de Sergipe (Apes) está vinculado ao Governo de Sergipe, por intermédio da Secretaria de Estado da Educação e da Cultura (Seduc).

“A emissora pública tem como uma de suas características e virtudes, apresentar aos seus telespectadores programação repleta de conteúdos históricos, informativos e democráticos, capazes de conectar o passado com o presente e o futuro. A Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe, por intermédio da nossa TV Alese, faz parte deste processo e se sente honrada em se tornar ainda mais protagonista desta história de amplo reconhecimento social”, destacou Eduardo Almeida, Assessor Especial da Diretoria de Comunicação da Alese.

Comunicação Legislativa

Jornalista Clécia Carla, Coordenadora-geral da TV Alese

Na perspectiva de manter em evidência as tradições históricas sergipanas, a Coordenadora-geral da TV Alese, Jornalista Clécia Carla, enalteceu que as emissoras públicas Legislativas, a exemplo da TV Alese, buscam ainda fortalecer a transparência do Poder Legislativo para que seus habitantes saibam na íntegra o que ocorre. “Mas deve ir além; deve mostrar ao cidadão sergipano as suas características históricas culturais, gerar um sentimento de cidadania sergipana forte e de orgulho, uma programação repleta de conteúdos sobre a nossa identidade enquanto território, povo e contexto histórico em geral. Para todos que fazem a TV Alese, posso garantir que é um momento ímpar e que marca este primeiro centenário do Arquivo Público. Diante desta programação especial, o telespectador passa a consumir um conteúdo produzido com muito amor e respeito para com as raízes genuinamente sergipanas”, pontuou.

Fotos 01 e 02: Eugênio Barreto

Fotos 03 e 04: Jadilson Simões | Agência de Notícias Alese