Por Júnior Matos/ Agência de Notícias Alese

A yalorixá Rita de Cassia e a diretora da Elese Telma Pimentel

“Indo muito além das lendas, a ancestralidade traz muito da nossa realidade, e não devemos esquecer que viemos da realidade de um povo sofrido”. Foram com essas palavras ditas pela yalorixá Rita de Cassia, que participou  na manhã de hoje (17) da 5ª edição do Projeto ‘Quintas Negras- Xirê dos Saberes’ . O projeto é desenvolvido pela Assembleia Legislativa do Estado de Sergipe (Alese) por meio da Escola do Legislativo (Elese) Deputado João de Seixas Dória.

O evento tem a proposta de promover o despertar e a reflexão de conhecimentos  sobre as histórias de luta, cultura e resistência vivenciada pelos povos de origem africana, aproximando a sociedade sergipana dos temas abordados.

“Durante a edição do Quintas Negras tratamos desde a chegada dos negros, trazidos em navios ao Brasil, até os dias de hoje. E nos lembrar que foram eles que abriram caminhos para que pudéssemos viver de uma forma melhor”, destacou yalorixá Rita de Cassia , palestrante no evento e presidente da Associação Luz do Oriente.

Na oportunidade, a yalorixá levou ao auditório da Elese elementos como: a capoeira, a dança, a música afro e o artesanato. “Esses são elementos que usamos dentro do terreiro e que são considerados deixas dos nossos antepassados”, explicou.

Para o coordenador de Projetos Culturais da Elese Benetti Nascimento, o Projeto ‘Quintas Negras- Xirê dos Saberes’ é um espaço dedicado ao movimento negro. “A ancestralidade fala justamente no foco total deste projeto. É contar como tudo isso começa e a importância deste movimento. Ele mostra o candomblé como forma de religião e religiosidade. Isso é mostrado com os equipamentos e adereços apresentados como a simbologia e o significado das religiões de matriz africana”, pontuou.

A Ancestralidade é o tema desta edição do projeto “Quintas Negras”

A diretora da Elese Telma Pimentel participou do momento. Segundo destacou, o ‘Quintas Negras’ fortalece a identidade do povo negro.

“Temos buscado, à cada edição, diversificar os temas. Hoje abordamos a ancestralidade, que é um temática que causa interesse e curiosidade”, contou.

Fotos: Joel Luiz/ Agência de Notícias Alese