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Ana Lúcia registra passagem do centenário de Seixas Dórea

A deputada estadual apresentou requerimento para a realização de sessão especial alusiva à data e apresentou PL que institui 2017 como o “Ano Seixas Dórea: em defesa dos direitos políticos e da liberdade democrática”

No dia do Centenário do ex-governador Seixas Dórea, a deputada estadual Ana Lúcia anunciou que protocolou um Projeto de Lei que institui 2017 o “Ano Seixas Dórea: em defesa dos direitos políticos e da liberdade democrática”. Se estivesse vivo, o ex-governador, ex-deputado estadual e ex-deputado federal estaria completando 100 anos nesta quinta-feira, 23.

Ana Lúcia também apresentou, no primeiro dia de trabalhos legislativos de 2017, um requerimento a fim de solicitar a realização de uma sessão especial comemorativa à passagem do centenário do ex-governador. “Seixas Dórea teve uma vida extremamente rica em termos de contribuições políticas para mudanças sociais e para a defesa da democracia. Esta Casa Legislativa, a qual Seixas Dórea deu uma grande contribuição nas décadas de 40 e 50 do século passado, irá celebrar o centenário deste grande homem da forma que ele merece”, comemorou.

Ana Lúcia chamou a atenção para cenário de avanço das forças conservadoras e fundamentalistas e do fortalecimento de um estado policialesco. “No momento em que nós estamos vivendo agora, em que cresce o estado de exceção, em que avança a visão autoritária e totalitária do Estado Brasileiro, em que avança o fascismo, temos na data de hoje que celebrar e comemorar a contribuição desse gradne democrata que foi Seixas Dórea”

Se nós não resistirmos, não criarmos reflexões e intervenções na sociedade, nós vamos perder aquilo que é muito importante para a população brasileira: o direito de liberdade e os valores de uma verdadeira democracia”, completou a parlamentar.

Contribuição política

Seixas Dórea foi advogado, Deputado Estadual (1947-1950 e 1950-1954) e Deputado Federal (1955 a1959, 1959 a1963 e de 1983 a 1987). Foi ainda governador de Sergipe, de 31 de janeiro de 1963 a 1º de abril de 1964, quando foi deposto pelo Regime Militar de 1964.

Seixas Dórea foi um democrata, um homem que defendia mudanças substantivas para o nosso país, para que as camadas populares passassem a ter direito a uma vida digna”, apontou Ana Lúcia. “Foi justamente por defender as reformas de base do governo João Goulart e por defender a democracia quando foi instituída a ditadura no país, que Seixas Dórea foi destituído do cargo de governador, perseguido e preso pelo regime militar”, completou a deputada.

Biografia

Nascido em Propriá, em 23 de fevereiro de 1917, João de Seixas Dória viveu até 31 de janeiro de 2012. Filho de Antônio de Lima Dória e de Maria de Seixas Dória, ambos descendiam de tradicionais famílias da região. Seixas Dória complementou os seus estudos primários no Colégio Antônio Vieira, em Salvador. Fez o curso secundário no Colégio Maristas da mesma cidade. Entrou, inicialmente, na Faculdade de Direito da Bahia, transferindo-se, no segundo ano, para Faculdade de Direito de Niterói. Formou-se em Bacharel em Ciências Jurídicas e Sociais nesta última Faculdade, em 1946. Voltou a cidade de Salvador e exerceu a advocacia num escritório próprio, largando a sua profissão para entrar na política. Foi casado com Meire Dória e tiveram 2 filhos: Antônio Carlos e Ernane.

Na década de 1940, no governo do prefeito de Aracaju, Josaphat Carlos Borges, o nomeou secretário da prefeitura de Aracaju, filiando-se à UDN após o fim do Estado Novo, sendo eleito deputado estadual em 1947 e 1950 chegando ao posto de líder da bancada. Em 1954 e 1958 foi eleito deputado federal e integrou-se à Frente Parlamentar Nacionalista e em 1960 foi entusiasta da candidatura presidencial de Jânio Quadros servindo-lhe como vice-líder do governo na Câmara dos Deputados.Consumada a renúncia de Jânio Quadros em 25 de agosto de 1961, Seixas Dória integrou a “Bossa Nova” da UDN ao lado de nomes como o futuro presidente, José Sarney.

Em 1962, já membro do Partido Republicano, foi eleito governador de Sergipe derrotando o udenista Leandro Maciel. Assinou, sob ressalva, o “Manifesto dos governadores democratas”, uma iniciativa do paulista Ademar de Barros. Aliado do presidente João Goulart, defendia as chamadas “reformas de base” a ponto de opor-se, via rádio, ao Golpe Militar que abreviou o mandato presidencial em 31 de março de 1964.

Seixas Dória foi membro da Academia Sergipana de Letras, como sendo um de seus imortais, onde ocupava a cadeira de nº 32, e era autor de “Sílvio Romero, jurista e filósofo” e “Eu, réu sem crime”.

Por Assessoria Parlamentar

Foto: Jadilson Simões

 

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