A deputada Ana Lúcia (PT), voltou à tribuna da Assembleia Legislativa no final da manhã desta sexta-feira (25), para explicação pessoal, quando exibiu um filme de sete minutos mostrando a sua participação no ato dos movimentos sociais na porta do Diretório do Partido Socialista Cristão (PSC/SE).
“Fiz minha inscrição para explicação pessoal diante das acusações dos deputados Pastor Antônio e Venâncio Fonseca. Apesar de os dois não estarem aqui, vamos mostrar imagens com a minha presença no ato. Quero dizer que ano passado na véspera do ‘Golpe’, o Partido dos Trabalhadores foi agredido de madrugada não só com pichações, mas com arrombamentos e o Partido dos Trabalhadores ontem em Curitiba foi agredido com coquetel molotov, bem diferente do ato que a Central Única dos Trabalhadores e a CTB organizaram, inclusive as imagens mostram que estou dando entrevista à TV Atalaia, quando da chegada do ato. As pessoas que estão lá são lideranças dos movimentos sindicais, que nunca cometeram nenhum tipo de agressão: a CTB, UGT e CUT”, ressalta.
A deputada destacou estar acontecendo um embate entre as forças conservadoras e reacionárias. “Tá muito claro que a nação foi dominada pelas grandes fortunas que inclusive não pagam impostos. Quem paga imposto é funcionário público, trabalhador com carteira assinada, pequeno e médio produtor e pequeno empresário. O grande empresário não paga impostos, não tem nenhuma taxação sobre a sua fortuna. Uma das coisas importantes desse Lava Jato foi tirar a venda da Justiça. A justiça tem lado, você tem juíza, procuradores, ministros progressistas como tem também reacionários, cheios de preconceitos e isso prejudica muito a população. Tanto que essa crise agora com relação ao presidente da República não foi a Lava Jato, mas a Procuradoria que conseguiu todas aquelas provas”, enfatiza.
Ato
Voltando para o ato no PSC/SE, Ana Lúcia disse que as imagens mostram o portão aberto. “Uma liderança do movimento sindical interfonou, o rapaz abriu, ficou conversando e depois fechou a porta. E aí eu quero saber qual foi o problema? O Sr. André Moura pensa que vai impedir as minhas ações, o enfrentamento em defesa da democracia? Também quero dizer ao pastor Antônio que ontem no Pará cinco trabalhadores sem-terra foram exterminados, em nome de que eles estavam sendo investigados porque mataram o vigilante de um grande latifundiário. Sempre respeitei as diferenças e não defendo depredação de patrimônio público. Se tem uma pessoa aqui que defende patrimônio público sou eu. Essa Casa acabou de aprovar uma indicação para fazer a reforma do nosso Arquivo Público. O movimento cutista nunca teve ação de jogar pedra, nem nada. Agora, a rua é pública e se as pessoas deliberam outro tipo de ação, isso é problema de quem fez”, entende.
“Eu quero dizer a Venâncio que na verdade, o Jackson Barreto tem muita sorte porque por conta desses acordos que ele vem fazendo, essa Casa não tem mais oposição, é muito mais situação. Não vou abrir mão do que penso e do que faço. É uma pena Pastor Antônio e Venâncio não estarem aqui assistindo ao vídeo em que na verdade mostra a chegada da passeata na porta do PSC, porque é o partido que está junto com o PMDB, o PSDB e o DEM. O vídeo está mostrando vários segmentos, tudo muito público com bandeiras, sem nada escondido, nada que gere algum tipo de processo, portanto não vou aceitar calunia e difamação do Sr. André Moura no rádio e na Televisão”, completa.
“Fiz minha fala, coloquei a contribuição de André Moura com a destruição dos direitos sociais e trabalhistas, o que é triste para Sergipe. A gente está vendo o desmonte do estado democrático de direito e a liderança do Congresso é um deputado de Sergipe. Quando Venâncio diz que aqui não tem melhor do que ninguém, tem sim, tem uma elite brasileira que se acha melhor, uma classe alta burguesa que se acha melhor com tanta prepotência que tem coragem de ao longo da vida, usar o dinheiro público para enriquecimento”, afirma.
Por Agência de Notícias
Foto: Jadilson Simões