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Ana Lúcia critica gestão do secretário de Educação e falta de estrutura nas escolas de tempo integral

A deputada Ana Lúcia Vieira (PT), lamentou na sessão desta terça-feira, 21, na Assembleia Legislativa de Sergipe (Alese), o que considera o desmonte da escola pública. Num discurso inflamado, a parlamentar disse achar estranho que “o governador Jackson Barreto tenha dado carta branca ao secretário Jorge Carvalho, um homem autoritário. A escola não pode ser um eterno conflito provocado por um gestor público e por um Estado que se diz democrático”.

“O que é estranho é que um Governo liderado por um cidadão que lutou pela redemocratização desse país, que ocupou as ruas para denunciar a ditadura e um modelo tecnicista de educação, implemente na sua gestão esse modelo tecnicista da Educação, voltado para o capital humano, assessorado pela Fundação Leman, um dos financistas do Governo Temer, destruindo a classe trabalhadora”, ressalta.

Ana Lúcia exibiu vídeos sobre a situação das 17 escolas públicas em que o modelo de ensino integral vem sendo implantado e criticou que as comunidades estudantis não estejam sendo. “A comunidade escolar tem que ser consultada, tem que ouvir os segmentos, os estudantes, os pais, os professores e os funcionários. De todas as escolas, a maioria teve rejeição da comunidade escolar, pois o estudante que não consegue ficar 9 horas e meia na escola e que não se adaptou ao modelo, é expulso, é eliminado e isso já mostra a quebra da matrícula. Minha assessoria visitou as 17 escolas e só a Joana de Freitas, localizada em Propriá, tem o mínimo de dignidade para trabalhar com banheiro e restaurante, faltando ainda o espaço de lazer porque o próprio projeto pedagógico não está priorizando”, ressalta acrescentando que 15 unidades não possuem vestuário.

“Os meninos vão passar 9 horas e meia nas escolas, sem espaço para tomar banho, para descanso nem para lazer. É como se fossem maquinazinhas que vão ter que trabalhar do jeito que os adultos querem. Muitas quadras estão interditadas, apenas duas escolas possuem laboratórios de física, biologia e química. Três unidades possuem refeitórios, as demais os refeitórios foram adaptados nos pátios (a exemplo de Neópolis e Itabi), porque para o pobre tudo basta. Existem deficiências nas instalações elétricas e hidráulicas, além da falta de funcionários para serviços básicos”, lamenta acrescentando que três unidades não possuem bibliotecas e que nem mesmo a escola que leva o nome da mãe do secretário, a Rivanda Carvalho, possui estrutura para funcionar em tempo integral.

“O secretário Jorge Carvalho não tem diálogo, não tem conversa, tem imposição. E a visão da secretaria é altamente autocrata. Ele usa o artigo 84 da Constituição Estadual que estabelece as funções do governador. E ai não tem constituição, não tem lei a ser obedecida, é o que ele quer, e assim que ele determina”, enfatiza.

Aparte

Em aparte, a deputada Maria Mendonça (PP), disse que a Educação está numa situação triste.

Maria Mendonça vai solicitar a presença do secretário à Alese

Maria Mendonça vai solicitar a presença do secretário à Alese

“A Educação em Sergipe está precisando de um secretário que saia do gabinete e que queira trabalhar nas suas diversas vertentes. As escolas estão deterioradas. Desmontaram a carreira dos professores, não valorizam, não garantem os direitos assegurados e agora querem esse modelo de tempo integral. No Colégio Murilo Braga em Itabalana, os professores estão revoltados porque não querem e a coisa está vindo de cima pra baixo, fazendo de fato a vontade de quem está no comando central. Isso não é democracia e nem trabalhar a educação de qualidade. Ao invés de implantar esse modelo, deveriam recuperar as escolas deterioradas”, destaca afirmando que, como integrante da Comissão de Educação na Alese, vai fazer um ofício solicitando  a presença do secretário à Assembleia.

Por Agência de Notícias Alese – #RedeAlese

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