A deputada Ana Lúcia Vieira (PT) saiu em defesa dos trabalhadores rurais sem-terra que estão acampados na porta do Instituto de Colonização e Reforma Agrária (Incra), desde a última segunda-feira, 6, contestando a medida provisória 759 que trata da Reforma Agrária e do direito ao acesso à terra pelos camponeses.

De acordo com ela, o Brasil é um dos países mais atrasados com relação à Reforma Agrária. “E todo o processo de distribuição de terra está sendo prejudicado porque nessa medida provisória a visão é de que a terra é mercadoria, ela perde a função social e com isso prejudica os assentados porque há um desmonte do Ministério da Reforma Agrária e do Incra. Toda a parte de assistência técnica, acompanhamento, monitoramento e a proibição de vender a terra passa a ser uma mera mercadoria”, lamenta.

A Parlamentar disse ainda que os trabalhadores rurais sem- terra estão solicitando a presença do superintendente nacional do Incra, para discutir a pauta. “Eles também estão exigindo a vistoria de 25 áreas demandadas pelo movimento social e ainda que os últimos 12 novos assentamentos em Sergipe, tenham a liberação da demarcação. É o único Estado do Brasil onde o Incra suspendeu a assistência técnica a 200 assentamentos prejudicando mais de 0 mil famílias e com isso os assentados deixam de ter crédito rural, o salário maternidade e o auxílio-doença, além da suspensão das cestas de alimentos aos acampados, a exemplo do que vem acontecendo na Fazenda Junco, que vai para leilão”, destaca.

Por Agência de Notícias Alese

Foto: Jadilson Simões