Pular para o conteúdo
Personalizar preferências de consentimento

Utilizamos cookies para ajudar você a navegar com eficiência e executar certas funções. Você encontrará informações detalhadas sobre todos os cookies sob cada categoria de consentimento abaixo.

Os cookies que são classificados com a marcação “Necessário” são armazenados em seu navegador, pois são essenciais para possibilitar o uso de funcionalidades básicas do site.... 

Sempre ativo

Os cookies necessários são cruciais para as funções básicas do site e o site não funcionará como pretendido sem eles. Esses cookies não armazenam nenhum dado pessoalmente identificável.

Cookies funcionais ajudam a executar certas funcionalidades, como compartilhar o conteúdo do site em plataformas de mídia social, coletar feedbacks e outros recursos de terceiros.

Cookies analíticos são usados para entender como os visitantes interagem com o site. Esses cookies ajudam a fornecer informações sobre métricas o número de visitantes, taxa de rejeição, fonte de tráfego, etc.

Os cookies de desempenho são usados para entender e analisar os principais índices de desempenho do site, o que ajuda a oferecer uma melhor experiência do usuário para os visitantes.

Os cookies de anúncios são usados para entregar aos visitantes anúncios personalizados com base nas páginas que visitaram antes e analisar a eficácia da campanha publicitária.

logo

Espaço do Servidor

Acesso Rápido

Portal do Servidor

Notícias

Advogada lamenta perpetuação da violência de gênero

Por Aldaci de Souza – Rede Alese

Ao participar do debate realizado pelo deputado Iran Barbosa (PT), sobre o Atlas da Violência 2019, publicado pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), em julho deste ano, a representante da Coordenadoria da Mulher no Estado, a advogada Valdilene Oliveira Martins lembrou que a violência de gênero sempre existiu. A audiência Pública acontece no plenário da Assembleia Legislativa de Sergipe, na manhã desta sexta-feira, 27.

“É uma questão cultural que é ensinada no seio familiar, a começar pela  forma sexista da criação de crianças completamente diferente, de meninas e meninos. E aí a escola perpetua, a sociedade e todas as instituições perpetuam essa diferenciação do que é ser menina e o que é ser menino e sempre com um marco na inferiorização da mulher; uma suposta supremacia masculina”, lamenta.

Val como é conhecida, afirmou que, quando se tem acesso ao mapa da violência, se vê o reflexo de toda a criação, de toda a estrutura, do recorte de raça. “Isso porque a mulher negra é a que tem tudo mais agravado; todas as violências são praticadas contra ela e a gente percebe que a violência doméstica é uma coisa que todo mundo devia se indignar só de falar porque a vítima, ela é refém do amor que ela tem do amor pelo algoz. É diferente de você ser agredido por uma pessoa que você não conhece, não tem o afeto e o amor”, alerta.

Julgada

Na oportunidade ela enfatizou que a mulher é muito julgada na questão da violência doméstica. “Quando ela não denuncia, as pessoas dizem: ela gosta de apanhar, ela não presta; e quando ela denuncia, destruiu a família: não esperou o homem melhorar, de resgatar e transformar o homem, como se a mulher fosse uma máquina industrial de resgate ou grupo de terapia. Essa questão refletida no mapa da violência sempre existiu, que ninguém nunca se preocupou de catalogar, pois muitos anos foi tratada como problema que não interessava ao estado”, entende.

Val acrescentou que atualmente está se fazendo o link de que a criança que sofre qualquer tipo de abuso em casa, quer seja físico, psicológico ou sexual, quando ela vai para a sociedade, leva bullying  para a escola, leva infração para a sociedade.

“Então é uma coisa que tem link e a gente tem que observar. Políticas públicas e enfrentamento de combate à violência contra a mulher são para tornar a sociedade o lugar melhor para se viver. Não é despesa, é investimento”, acredita.

Cobertura midiática

A advogada enfatizou que a mídia é um ponto crucial nesse processo de mudança no processo de mudança. “A mídia (sem generalizar), ainda é misógina nos termos que se fala: ‘mulher bêbada foi encontrada estuprada’; aí já justifica que ela estava bêbada, como se ela não pudesse ter ficado bêbada; ‘inconformado com o fim do relacionamento, deu 14 facadas’, então é como se ele amasse demais. É crime passional. ‘mãe abandona filho na casa do pai’. Como assim? É a casa do pai”. Exemplifica.

“Nós sempre procuramos a culpa para a mulher, independente da idade que ela tenha; e a desculpa para o homem, independente da idade que ele tenha porque se tem a ilusão de que a mulher amadurece mais rápido do que o homem, mas porque ela é sobrecarregada mais rápido. A menina é colocada cedo para fazer as coisas em casa, cuidar dos irmãos e o menino muitas vezes se cria sem nenhuma obrigação na vida”, ressalta.

Debate

Sobre a importância do debate na Alese, Valdilene disse que esse assunto não se exaure. “Qualquer informação que a gente levar, está salvando vidas. Temos que falar todo dia e toda hora e mesmo assim as mulheres ainda acham que isso não acontece com elas; que o homem ameaçou mas não vai matar, é porque estava de cabeça quente; que ela é uma pessoa difícil, que provocou quando o companheiro chegou de cabeça quente porque o carro quebrou, o chefe brigou. Então há sempre a flexibilização das ações criminosas do homem, enquanto a mulher é vista como a culpada: você fez eu brigar, fez eu lhe bater, você me provocou e as mulheres internalizam como se fosse verdade”, finaliza.

Foto: Jadilson Simões

 

Outras notícias para você

Acompanhe ao vivo

Video Player is loading.
Current Time 0:00
Duration -:-:-
Loaded: 0%
Stream Type LIVE
Remaining Time -:-:-
 
1x
    • Chapters
    • descriptions off, selected
    • subtitles off, selected
    • default, selected
    Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga. Conteúdo acessível em Libras usando o VLibras Widget com opções dos Avatares Ícaro, Hosana ou Guga.