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Advogada diz na Alese que mídia sergipana deve ficar atenta à misoginia

A Frente Parlamentar em Defesa da Mulher, presidida pela deputada Goretti Reis (PMDB) vai realizar a partir das 9h do próximo dia 17 no plenário da Assembleia Legislativa de Sergipe, uma audiência pública com a finalidade de debater o tema “Mídia e Misoginia”. Na manhã desta quarta-feira, 1º, a vice-presidente da Comissão de Defesa dos Direitos da Mulher na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/SE), Valdilene Oliveira Martins foi a entrevistada da TV Alese e lamentou a forma pejorativa como as pessoas do sexo feminino continuam sendo tratadas.

Advogada lamentou que mulheres estejam sendo tratadas como "produto"

Advogada lamentou que mulheres estejam sendo tratadas como “produto”

De acordo com ela, a misoginia é a percepção da mulher como ser inferior. “Sendo assim, a mulher é menosprezada em todos os sentidos e tratada como se fosse subordinada e vista de uma forma pejorativa. Não tem nada a ver com a sexualidade. São pessoas que vêem a mulher de uma forma pejorativa, como se ela não fosse igual”, explica.

Ela destacou que a audiência tem por objetivo, trazer à baila a questão da misoginia. “São coisas que estão naturalizadas. Alguns pontos feitos em propagandas, posts e notícias que envolve a mulher, que ela é coisificada de uma forma tão natural, que quem projeta e elabora não percebe. Na realidade, a mulher é vendida como produto, como a venda casada que tem no Direito do Consumidor. Em alguns lugares as mulheres não pagam para chamar o público feminino. A mulher deixa de ser uma consumidora como o homem é, para ser um produto. E ainda dizem ‘mulheres free’, o que dá um duplo sentido e traz a mulher como uma isca”, lamenta.

“Coisificação”

 

Audiência será voltada para profissionais de Comunicação e público em geral

Audiência será voltada para profissionais de Comunicação e público em geral

Valdilene Oliveira Martins lamentou também a maneira como as notícias são divulgadas na mídia, quando a mulher está no foco. “Um exemplo é quando noticiam que a mulher abandonou o filho na casa do pai. Como abandonou, se o deixou na casa do pai? É aquela visão de que filho não é obrigação de pai. Recentemente tivemos um jogo feminino da Seleção Brasileira, onde as meninas ganharam de 4 x 0, um jogo internacional muito importante. E a notícia que foi estampada no jornal foi ‘Meninas dão de quatro’. Toda vez a mulher é levada à coisificação, à desqualificação dela enquanto ser humano”, destaca.

A advogada enfatizou que na audiência pública, será feita uma provocação à mídia sergipana. “A gente vai fazer com que a mídia sergipana, formadora de opinião, observe e fique mais atenta para essas coisas. Vamos fazer uma provocação, a palavra-chave vai ser desconstrução coletiva. Não adianta desconstruir só com o homem ou com a mulher. A equidade de gênero é uma luta da humanidade, que em a mulher como protagonista e tanto participa o homem quanto a mulher. Essa desconstrução tem que começar desde a educação que nós damos em casa, diferenciada aos nossos filhos e às nossas filhas. Na realidade, muita gente não cria pessoas, cria bichos soltos e bichos presos, onde o âmbito público do menino é desde que ele nasce, é inserido na violência desde cedo e a menina não, o âmbito privado é o que é reservado para ela. Essa educação de forma dicotômica traz prejuízos tanto para o homem quanto para a mulher”, entende.

“A gente reconhece quando uma sociedade é bem sucedida, logrou êxito enquanto humana, quando você vê o grau de liberdade que a mulher tem”, finaliza. Todos os profissionais da comunicação e público em geral estão convidados a participar da audiência do dia 17, em que a gente quer suscitar o debate para progredir”, finaliza.

Por Agência de Notícias Alese

Fotos: Jadilson Simões

 

 

 

 

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