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Deputados divergem quanto ao possível Lockdown em Sergipe

Comércio Fechado

Por Aldaci de Souza

 A pandemia da Covid-19 completou um ano no Brasil, chegando ao pior momento com o registro de 11.277.717 casos registrados; 9.983.656 recuperados e 272.889 mortes. Em Sergipe, 157.340 pessoas já testaram positivo para a Covid-19 e 3.072 morreram. Até o momento, 146.808 pacientes foram curados. Na última quinta-feira, 11, o governador Belivaldo Chagas anunciou após reunião com a equipe do Comitê Técnico-Científico e de Atividades Especiais, novas restrições para o funcionamento do comércio e das escolas.

Na Assembleia Legislativa de Sergipe, as medidas voltadas para o controle da pandemia, dividem opiniões, principalmente quando a possibilidade de um Lockdown (protocolo de isolamento que geralmente impede o movimento de pessoas ou cargas).

 Gualberto: “Não dá para ficar nessa matemática da economia e da vida” (Foto: Ascom)

O deputado Francisco Gualberto (PT) defende medidas mais duras por parte do Poder Executivo, a exemplo de um Lockdown de 15 dias, permitindo apenas o funcionamento dos serviços essenciais, como vem acontecendo em muitas cidades brasileiras.

“Se o Estado não fizer o Lockdown, teremos o aumento de internações, da contaminação e das mortes. Nessa pandemia, o que fazemos hoje só vai refletir em 15 dias. Precisamos diminuir o contágio, a contaminação e as mortes. Não dá para ficar nessa matemática da economia e da vida”, afirma lamentando aglomerações nas lojas e cobrando fiscalização à lei aprovada na Alese, que determina o uso de máscaras visando evitar o contágio da Covid-19.

Cautela

 Georgeo: “É preciso ter cautela”

Já o deputado Georgeo Passos (CIDADANIA) vem se manifestando contra o chamado Toque de Recolher e do Lockdown em Sergipe. “Estamos passando por um momento delicado em relação ao aumento de casos de Covid e já estamos vendo uma defesa de Lockdown, mas é preciso ter cautela. Não podemos prejudicar ainda mais o setor econômico, pois tivemos muitas empresas fechadas ano passado, quando houve a paralisação das atividades e tivemos muitos pais de família desempregados”, relembra acrescentando que persiste na opinião de que não há necessidade da medida, mesmo acompanhando o crescimento dos casos.

Em relação às novas medidas anunciadas pelo governador, Georgeo entende que o Governo além de fazer as restrições, não pode esquecer de fazer a contrapartida e ajudar os setores que já passam por dificuldades.

“Não adianta mandar fechar um bar e não dar condições para que o garçom e os demais funcionários tenham a sua subsistência. O governador Belivaldo precisa ter esse olhar, pois dinheiro tem a exemplo do Fundo de Combate à Pobreza e ele precisa fazer os dois lados. Lógico que a sociedade tem que colaborar e fazer a sua parte, saindo o mínimo possível para que possamos realmente passar desse momento o quanto antes. É uma pista de via dupla. De um lado o governo pedindo através das restrições, mas sem desamparar o nosso povo. O auxílio emergencial ainda não retornou; já tem muita gente passando dificuldades e pessoas com fome é um desrespeito às normas”, enfatiza.

O Lockdown  nacional  vem sendo estudado pelo Fórum Nacional dos Governadores, com previsão para iniciar no próximo domingo, 14 de março. O anúncio foi feito pelo governador do Piauí, Wellington Dias (PT). Mas até o momento, a maioria dos governadores está optando em estabelecer medidas restritivas e preventivas durante uma semana, com cada estado estebelecendo seus próprios decretos.

Resolução

Ao anunciar a nova resolução, o governador argumentou que as medidas refletem o agravamento do cenário epidemiológico dos últimos dias no estado. Sergipe atingiu o número de 604 internados totais – UTI e enfermaria- nesta quarta-feira (10), somente em leitos de UTI houve um crescimento de internações de 49,1% em relação aos últimos 14 dias.  “A média de novos casos aumentou de 40 % em uma semana, é preocupante. O total de internados cresceu muito (144) e isso está se aproximando do pico. Em julho de 2020, chegamos a 166. Naquele período, tínhamos 209 leitos de UTI Covid-19, estamos agora com 183”, observa.

As medidas restritivas valerão até às 5h da manhã do dia 22 do próximo dia 22 de março. Quanto às atividades religiosas, a redução da ocupação máxima deve ser de 50% para 30%, com funcionamento até às 18h e fechamento nos dias 20 e 21 de março; os estabelecimentos comerciais do Centro devem funcionar das 9j às 17h e nos bairros, das 10h às 18h;

As escolas da rede particular devem suspender as aulas presenciais a partir da próxima segunda-feira, 15 até o dia 4 de abril, a exceção de creches, berçários e pré-escola; as aulas e atividades práticas de cursos de Ensino Superior e Profissionalizantes, seguem autorizadas; já os eventos de qualquer tipo continuam suspenso, assim como atividades em parques de diversão, circos e similares.

Sobre os serviços na Administração Pública não-essencial, fica decretado ponto facultativo estadual no Poder Executivo no dia 17 de março; nos bares e restaurantes deverá haver a redução da ocupação máxima de 50% para 30% e o funcionamento deverá ser de segunda até quinta-feira até às 22h; na sexta das 5h até às 18h  e no finais de semana somente para a retirada ou delivery até às 22h.

As academias de ginástica e atividades físicas coletiva em geral também devem reduzir a ocupação de 50% para 30% e não funcionar aos finais de semana; os salões de beleza, barbearias e de higiene pessoal, deverão reduzir a ocupação de 50% para 20%, com funcionamento até às 22h, devendo fechar aos sábados, domingos e feriados. Os shopping-centers continuam funcionando de segunda à sexta com ocupação reduzida, fechando aos finais de semana.

Fotos: Jadilson Simões

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