“A crise econômica do Estado é dramática. Se a gente vê os indicadores, é de estarrecer. A atividade econômica decresceu 10 pontos percentuais do Produto Interno Bruto (PIB); é algo que nos deixa mais do que perplexo e não estamos vendo ações do Governo para reverter essa situação”. Foi o que afirmou na tarde desta segunda-feira, 7, o deputado Zezinho Guimarães (PMDB).
De acordo com o parlamentar, entre as principais ações que deveriam ser prioritárias, está a melhoria da máquina pública do ponto de vista de enxugamento.
“O Governo precisa ter prioridades, a exemplo do desenvolvimento de uma política vigorosa de atração de investimentos com equipes trabalhando todos os dias em função disso; prospectando negócios e enxugando a máquina com vigor, pois a gente sabe dos déficits; captando recursos de várias formas, junto ao Governo Federal e aos organismos mundiais, enfim, buscar alternativas para esse problema que é mais do que grave em Sergipe”, entende.
Tempo necessário
Indagado se há tempo ainda de o Governo solucionar o problema, Zezinho Guimarães foi enfático: “Tudo é tempo porque nada se faz em um Governo só. O Governo já vai fazer três anos e meio e você não sente que está engajado nessa reversão desses indicadores negativos. Isso vale para a Educação, vale para a Saúde, para a Indústria, vale pra tudo. Vale para a nossa agricultura, que o Governo está preocupado em fazer distribuição de dinheiro para comprar bode. E isso é projeto estruturante?”, indaga ao se referir a um empréstimo contraído pelo Governo na ordem de 28 milhões de dólares, sendo parte oriunda do Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA).
“O Governo se endivida, para usar esses recursos para estar comprando cabrito, bode, como se isso fosse estruturante, mas não é. A política agrícola capaz de transformar Sergipe, mesmo pequeno, em algo que mesmo que não se tenha quantidade, mas que se tenha qualidade. A gente precisa melhorar urgentemente toda a genética de Sergipe; várias ações nas áreas específicas que são capazes de dar sustentabilidade a um arcabouço de programa de Governo”, acredita.
“A gente não vê isso. Só o Governo pagando folha, parcelando, chorando e os indicadores caindo. É isso que a gente está vendo. O Governo tem que parar, ver sua política de forma global, quanto a que se quer chegar na Educação, na Saúde, qual o tamanho que pode suportar. É isso que eu encaro e fico preocupado. Um dos grandes instrumentos que a gente tem para alavancar empreendedorismo para ajudar a economia é o Banese, tá querendo é fechar agências e trabalhar e trabalhar exclusivamente com funcionário público. Me permita: isso não é política de ninguém, principalmente de um banco de fomento, que tem que vislumbrar negócios para o Estado. Mas está preocupado em investir em bodes”, lamenta.
Por Agência de Notícias Alese