O secretário de Estado da Agricultura, Desenvolvimento Agrário e Pesca, Esmeraldo Leal, apresentou na manhã desta terça-feira, 4, aos deputados que integram a Comissão de Agricultura da Assembleia Legislativa de Sergipe, o Projeto Dom Távora e outras ações da pasta. Na oportunidade, o deputado Zezinho Guimarães (PMDB, autor do requerimento fazendo o convite ao gestor, disse ser preciso ter cuidado com a aplicação dos recursos.
“Eu sou consigo analisar com muito mais propriedade, tendo o Plano de Negócios nas minhas mãos. O projeto fala tecnicamente de usos e fontes, mas eu estou vendo só as fontes. Vejo muitas famílias que serão beneficiadas mas não sei o que vão fazer, por isso preciso do plano de negócios para que possamos saber aonde esse dinheiro vai ser aplicado, se vai ter sustentabilidade para que não aconteça como o Pronese, que não ficou nada. Um exemplo é uma fabriqueta de doces em Tomar do Geru, com muitos equipamentos inoxidáveis, mas cheios de teias de aranha porque não existia uma fruta sequer na região, então é dinheiro jogado fora. Essa é a minha preocupação e o motivo do meu convite para que o secretário viesse fazer essa explanação”, explica.
Zezinho Guimarães ressaltou que não deverá haver uma dessocialização de quem tem expertises. “Então eu não posso fazer um projeto de agricultura se não encontrar quem vá me assessorar, quem vai me assessorar sobre associativismo e eu não consigo entender. Vi aqui um ponto que trata de bovinos, mas o Estado não tem nenhum programa que vai tratar de forrageiras, de comida para o animal, então é uma coisa meio descasada. Acho que vossa excelência tem que ter essa preocupação de alicerçar esses recursos que são de empréstimos, em coisas que sejam efetivamente produtivas e que dêem sustentação”, ressalta.
Outro ponto destacado pelo deputado, foi no que se refere à mandiocultura. “É a maior cultura em área plantada em Sergipe, mas com produtividade baixíssima, que a gente merecia uma atenção especial, trabalhando junto com a Embrapa, Sebrae e Emdagro, fazendo algo que possa realmente ter sustentabilidade e a atividade andar com a próprias pernas. Como os recursos são de empréstimos, temos que ter cuidados redobrados para não estarmos jogando dinheiro pela janela. Tive uma reunião com os diretores com o Sebrae que está a inteira disposição do secretário para discutir, formatar e trabalhar por meio dos seus expertises, para ajudar a aplicação desses recursos de forma mais eficiente”, completa.
Projeto
O Dom Távora é cofinanciado pelo Fundo Internacional de Desenvolvimento Agrícola (FIDA), com a finalidade de promover o desenvolvimento de negócios agropecuários e não agropecuários, por meio de financiamento de plenos de negócios agropecuários ou não, de agricultores familiares. Contratado e 2013, com investimento previsto de 28 milhões de dólares, sendo contrapartida estadual de 12, 3 milhões de dólares, o projeto beneficiará cerca de 0 mil famílias de pequenos produtores rurais, favorecendo 40 mil pessoas, através da implementação de 300 planos de negócios em 15 municípios sergipanos, a exemplo de Nossa Senhora Aparecida, Carira, Pinhão, Tobias Barreto, Poço Verde, Simão Dias, Aquidabã, Ilha das Flores e Neópolis.
Por Agência de Notícias Alese
Foto: Aldaci de Souza/Alese
