Para Adélia Pessoa os temas debatidos sobre disponibilizar os trabalhos de atendimento aos agressores é fundamental.” É preciso a Criação de Centros para esse público,que não é pequeno. “Essa discussão é necessária, mas não é fácil e estamos avançando. Já estivemos mais longe. O corte de recursos para políticas públicas para a mulher é preocupante, precisamos com urgência de políticas públicas para autores e vítimas de violência doméstica. E isso é possível. Aqui temos grandes parceiros para que possamos viabilizar ações em prol dessa causa”, disse Adélia.
Para Alan Bronz, um evento de suma importância, pois é fundamental se preocupar com o atendimento também ao agressor, já que ele é parte do problema, tem que fazer parte da solução. “É preciso envolver os homens nessa discussão para que possamos ver uma mudança significativa na sociedade. Fomos um dos primeiros grupos, no Brasil a trabalhar esse tema, desde então desenvolvemos metodologia específica para trabalhos em grupos de homens.
“Nosso grande desafio é encontrar um tom de como combater, como erradicar e como prevenir esse tipo de violência que vem das entranhas, e infelizmente é cultural e reproduzido, muitas vezes sem a gente sentir. Esse é o grande desafio, diante de todas as possibilidades previstas, conseguirmos fazer a síntese entre o trabalho acadêmico, a pesquisa, a atuação prática dos operadores do direito, que hoje estão mais para estivadores do que para operadores e a realidade prática” explicou Iracy Mangueira.
“Diversos órgãos estão trazendo experiências de como tecer essa rede de atendimento ao homem. É preciso que no processo de educação, ainda no pré escolar se trabalhe com a criança, porque ela reproduz o que vê em casa e se convive presenciando o pai espancar a mãe, começa a reprodução de uma sociedade que precisamos mudar. Precisamos unir e capacitar os profissionais de educação, saúde, ação social, órgãos de controle e de justiça, entre outros. Esse Seminário aumentou a responsabilidade da Frente Parlamentar”, ressaltou Goretti Reis.